A safra de grãos 2016/2017, em fase de plantio, pode injetar na economia o equivalente a R$ 194 bilhões. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (8/12), pelo superintendente de Informações do Agronegócio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Aroldo Antônio de Oliveira Neto, durante apresentação do 3ª Levantamento da Safra, em Brasília.
Segundo ele, o número levou em conta as principais culturas do país: arroz, feijão, milho e soja. “Pegamos os preços atuais, fizemos uma projeção e chegamos a R$ 194 bilhões a serem injetados na economia”, comentou Aroldo. “Parte destes recursos ficam no mercado local, o que movimenta a economia, faz com que haja empregos. E isso ocorre em toda a cadeia, não só na do agronegócio”, disse.
Na safra anterior, conforme cálculos da Conab, foram injetados R$ 158 bilhões, também considerando as principais culturas. Na prática, isso significa que haverá um acréscimo de R$ 36 bilhões na economia na safra atual. “O crescimento da produção está aumentando também os valores da cadeia do agronegócio”, destacou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Néri Geller.
A Conab informou no levantamento que a safra de grãos 2016/2017 deve atingir 213,1 milhões de toneladas. A estimativa representa um crescimento de 14,2%, ou 26,5 milhões de toneladas, em relação à safra anterior 2015/16. A área total plantada também será ampliada e pode alcançar 59,2 milhões de hectares, um crescimento de 1,4%, ou 827 mil hectares.
Clima O superintendente de Informações do Agronegócio da Conab afirmou também que o clima ajuda na recuperação da produtividade na safra 2016/17, ao contrário do que ocorreu no período anterior. Ao mesmo tempo, Aroldo afirmou que o principal fator para a elevação da produtividade é o aumento da área plantada. “A soja é o carro-chefe do aumento da área nesta safra. Dois por cento de aumento na área de soja, como é previsto, equivalente a uma quantidade muito grande de produção desta leguminosa”, disse. Aroldo destacou, ainda, a produtividade do trigo, que cresce há dois anos, e citou que o aumento de área também ocorre nas culturas de feijão e milho.
Chuvas Em novembro, de acordo com o superintendente, as chuvas em algumas regiões do Centro-Oeste e do Sul estiveram abaixo da média. Em compensação, no Espírito Santo, que enfrenta seca há três anos, as chuvas estão acima da média. “A previsão para o período de dezembro a fevereiro é tranquila”, disse Aroldo.
Fonte: Globo Rural – 08/12/2016
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