Os frigoríficos seguem em dificuldade para compor suas escalas de abate de maneira adequada. A restrição de animais terminados em algumas regiões do país, principalmente em São Paulo, leva a reajustes dos preços de balcão no início desta semana.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a perspectiva é pela continuidade desse movimento no curto prazo, em linha com a melhor reposição entre atacado e varejo que costuma ocorrer durante a primeira quinzena do mês.
Além disso, o bom volume de chuvas em algumas regiões do país fez com que as pastagens não perdessem sua qualidade. Com isso, os pecuaristas têm maior condição de reter o boi gordo no pasto. Ao menos no curto prazo, não há sinais de mudança desse perfil.
As exportações de carne bovina "in natura" do Brasil renderam US$ 304,9 milhões em janeiro (20 dias úteis), com média diária de US$ 15,2 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 78,0 mil toneladas, com média diária de 3,9 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 3.910,0.
Entre dezembro e janeiro, houve uma baixa de 22,5% no valor médio exportado, um recuo de 17,5% na quantidade e baixa de 6,1% no preço médio. Na relação entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2015, houve perdas de 1,9% no valor total exportado, alta de 10,6% na quantidade total, e desvalorização de 11,3% no preço médio.
A média semanal de preços (1º a 4 de fevereiro) em São Paulo, esteve em R$ 153,57. Em Mato Grosso do Sul, o preço se manteve em R$ 140,66. Em Minas Gerais, a arroba esteve em R$ 148,00. Em Goiás, a arroba esteve em R$ 143,66. Em Mato Grosso, o preço ficou em R$ 131,50.
No atacado, a média semanal de preços foi de R$ 12,28 nos cortes de traseiro e de R$ 8,09 nos cortes de dianteiro.
Fonte: Agência Safras
Fonte: Canal do Produtor