Começou neste sábado (15) o período do vazio sanitário nas propriedades produtoras de soja em Rondônia. Durante os próximos três meses, mais de 300 mil hectares de área não poderão receber qualquer plantio.
Segundo o decreto do governo estadual, o vazio sanitário é realizado com objetivo de diminuir e controlar a ferrugem asiática, umas das principais pragas dessa lavoura. Essa ferrugem é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
Só em Vilhena (RO), considerada a capital rondoniense da soja, serão mais de 40 mil hectares de área que ficarão no vazio sanitário.
Além da proibição do cultivo, o produtor de soja do estado deve eliminar todas as plantas voluntárias, como as tigueras. A eliminação pode ser feita tanto por meio mecânico quanto químico.
Telmo Heuser é produtor de soja em Vilhena e afirma que está terminando a colheita do milho safrinha.
“Após retirar o milho safrinha, vou ficar atento com as plantas voluntárias, pois ela pode hospedar o fungo da ferrugem asiática”, diz.
O vazio sanitário no estado tem duração de 90 dias, terminando assim só em 15 de setembro. Depois desse período, os produtores poderão fazer o plantio da soja correspondente a safra 2019/2020.
Segundo a engenheira Sidcleia Mafra, da Agência de Defesa Agrosilvopastoril (Idaron), se os produtores não respeitarem o período do vazio sanitário podem ser multados de R$ 1.304,20 a R$ 6.521,00, dependendo da situação.
Neste ano, a Idaron diz ter feito o monitoramento da ferrugem no período de plantio da safrinha. A ação teve o objetivo de verificar a incidência e o nível de ocorrência da praga por meio de coleta de material a campo e análise em laboratório.
Após o vazio sanitário, em 15 de setembro, os produtores devem cadastrar as áreas produtoras de soja por meio do site www.idaron.ro.gov.br ou em uma unidade de atendimento da agência.