Após a colheita das maçãs gala e fuji, entre fevereiro e maio, os produtores de maçãs do Sul do Brasil precisam ficar em alerta para não comprometer a próxima safra. O outono traz o risco da contaminação do fungo cancro europeu em pomares.
Segundo informações da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a doença nas árvores pode ser percebida apenas na primavera, já que o período de incubação pode levar de quatro a seis meses. Santa Catarina, por exemplo, tem a maior produção maçãs do país e estima-se que esteja com 4% das propriedades contaminadas.
O alerta vale para toda a região. Atrás do estado catarinense e do Rio Grande do Sul, o Paraná é o terceiro maior produtor de maças do Brasil, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Maçãs (ABPM). Ao todo, cerca de 90% das plantações da fruta acontecem no Sul do país.
Segundo o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catariana (FAESC), Antônio Marcos Pagani de Souza, a doença não tem cura. Ele explica que, antes, o Brasil tinha vantagem na competitividade internacional por estar livre das principais pragas de macieiras.
- Mas esse quadro pode mudar com o aumento da incidência do cancro europeu – adverte.
Fonte: Gazeta do Povo