Reversão de mercado iniciada no final da semana deu origem, ontem (6), àquelas que devem ser as primeiras altas do frango vivo após longo período de estabilidade de preços, mas de extrema fragilidade do mercado.
No interior de São Paulo a ave viva obteve, como é praxe, ajuste de cinco centavos e, após uma estagnação de quase 40 dias, foi comercializada por R$2,55/kg. Já em Minas Gerais o ajuste foi de 10 centavos, o que significa que os negócios no estado foram realizados por R$2,60/kg.
À primeira vista, o processo está relacionado ao período do mês, época de pagamento dos salários e, portanto, de maior demanda. Mas, provavelmente, há outros fatores envolvidos nessa reversão. E um deles pode ser a decantada (e imprescindível) redução da produção.
Atribuir a mudança de mercado ao período do mês é visão simplista. Pois, se assim fosse, o frango abatido não teria começado a reagir duas semanas atrás. Aliás, foi a primeira vez no ano em que a reversão de mercado ocorreu bem antes da virada do mês.
Isso, sem dúvida, denota maior adequação da oferta à demanda. A ponto de possibilitar, inclusive, que a cotação do frango no atacado paulistano (que em maio alcançou o pior nível do ano) iniciasse o mês de junho com o melhor resultado dos últimos três meses.
Naturalmente, os preços do setor continuam distantes do mínimo ideal capaz de propiciar alguma rentabilidade ao setor produtivo. Assim, ainda que novos ajustes venham a ser obtidos no decorrer da semana, vai ser preciso algum tempo até que se atinja novamente um ponto de equilíbrio.
Nesse sentido, espera-se que, passado o período de pagamento dos salários, as cotações não retrocedam. Como se espera que, independente da remuneração alcançada, a oferta continue ajustada à efetiva demanda.
Fonte: AviSite
Fonte: Canal do Produtor