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RESPIRANDO AVICULTURA

Com pouco mais de 6 mil moradores, São Sebastião do Oeste, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, respira avicultura, com fortes impactos econômicos e sociais.

Ano passado, a cidade apareceu no ranking dos maiores arrecadadores do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no estado, proporcionalmente. Foram mais de R$ 5 milhões em tributos. A atividade também é responsável por mais de 50% dos empregos com carteira assinada não só da cidade, mas da região.

A história começou na década de 1970. Com um terreno muito acidentado, os grãos não vingaram e os produtores passaram a investir no gado leiteiro e no frango de corte. Com uma rentabilidade maior e um ciclo de produção mais curto, as aves acabaram levando a melhor e a produção foi ganhando cada vez mais peso.

Em 1999, a cidade recebeu a primeira agroindústria: a Avivar, frigorífico que abate 180 mil aves por dia. Com ela, também nasceu a Associação de Avicultores do Centro-Oeste de Minas (Avicom).

- A produção da região, que era independente, passou a ser completamente integrada e verticalizada – explica Douglas Teixeira Moraes, presidente da Avicom. 

Segundo Douglas Moraes, a Granja Brasil, agroindústria que tem frigoríficos em outras duas cidades, também tem integrados na região.

- Nós começamos como uma associação de compras de insumos e outros materiais, para conseguir melhores preços com os volumes. Mas passamos a ser a voz dos integrados perante as empresas. É muito mais fácil negociar com uma associação do que com cada um dos produtores – diz.

Atualmente, São Sebastião do Oeste tem 12 milhões de aves em 450 aviários. Ao todo, são 180 avicultores. Um deles é Thiago Hozana de Carvalho. Na atividade há dois anos, Carvalho, que nasceu na cidade, conta que sempre sonhou em ter seu próprio aviário.

- Tenho contato com a avicultura desde a adolescência – diz.

Integrado da Avivar, o produtor tem dois galpões com 30 mil aves alojadas em cada um deles.

Satisfeito com o negócio, ele defende que avicultura é uma atividade interessante e rentável.

- Se for profissional, se houver dedicação, há lucro. Eu teria espaço para construir mais um galpão caso eu quisesse, mas não é meu plano. Quero investir em modernização e tecnologia, para diminuir meu custo com mão de obra. –

Os galpões de Thiago Carvalho são do modelo Blue House, totalmente automatizados.

- O maior desafio é o gasto de energia, que na média fica em R$ 3 mil por mês. E claro, o clima da região, principalmente no verão. -

Fonte: Gazeta do Povo



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