A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (28/11) o projeto de lei que define a Política Nacional de Biocombustíveis, conhecida como RenovaBio. O texto, que prevê metas de redução das emissões de gases na matriz de biocombustíveis e vendas de créditos relacionados a essa descarbonização, será analisado pelo Senado Federal.
De acordo com o divulgado pela Agência Câmara, a política vai funcionar baseada em metas anuais de redução de emissões de acordo com cada biocombustível. A avaliação será feita tendo como referência todo o ciclo de vida, desde a matéria-prima que serve de fonte até o produto final.
O cumprimento dessas metas servirá de referência para estabelecer os chamados créditos de descarbonização (CBIO). Esse crédito, autorizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) poderá ser comercializado pelo produtor ou importador de biocombustível.
O projeto do deputado Geraldo Gussi (PV-SP) recebeu emendas do relator, João Fernando Coutinho (PSB-PE). Foi retirada a dispensa de licenciamento ambiental para empreendedores exercerem a atividade no setor de biocombustíveis.
Foram retirados também os porcentuais obrigatórios de misturas de combustíveis renováveis nos fósseis previstos até o ano de 2030. Estavam previstas proporções de etanol na gasolina, biodiesel no diesel e bioquerosene no querosene de aviação.
Fonte: Revista Globo Rural