A demora do Governo Federal homologar a situação de emergência por seca em 29 municípios de Mato Grosso está interferindo nas renegociações de dívidas da safra 2015/2016. Entre a soja e o milho, estima-se que mais de R$ 3 bilhões tenham deixado de circular no Estado diante a quebra de aproximadamente 8 milhões de toneladas entre as duas culturas.
As dificuldades dos produtores afetados pela seca provada pelo fenômeno El Niño na safra 2015/2016 foram levadas na última terça-feira, 11 de outubro, ao Ministério da Integração Nacional pelo vice-governador Carlos Fávaro. Conforme ele, a não oficialização por parte do Governo Federal da situação de emergência por déficit hídrico nos 29 municípios mato-grossenses estaria interferindo na renegociação do crédito rural dos produtores das regiões afetadas.
A intenção do Governo de Mato Grosso em “pressionar” o Governo Federal para que os produtores mato-grossenses tenham a tranquilidade de prorrogar a parcela dos pagamentos de investimentos de 2016 e assim se manter na atividade.
- Trouxemos a pauta junto ao ministro da Agricultura Blairo Maggi, que conhece o problema e comprou prontamente um pedido de prorrogação das parcelas de investimentos de 2016, mas isso está lastreado na validação dessas emergências pelo Ministério da Integração Nacional – pontuou Fávaro.
Entre os municípios com situação de emergência decretada devido a seca pelo Governo de Mato Grosso estão São Félix do Araguaia, Água Boa, Cláudia, Querência, Novo São Joaquim, Nova Xavantina, Canabrava do Norte.
Fonte: Olhar Direto