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RENDA MAIOR

A Coordenação Geral de Estudos e Análises, vinculada à Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, revisou para cima sua projeção do valor bruto da produção agropecuária (VBP), que reflete ofaturamento dos principais setores do agronegócio brasileiro.

A previsão divulgada hoje pelo governo federal é de receita dentro da porteira da ordem de R$ 515,2 bilhões, montante 1,9% (R$ 9,84 bilhões) superior ao projetado no mês passado e 0,7% (3,79 bilhões) acima do obtido em 2015.

Após a previsão de queda no mês passado, a projeção atual é de aumento de 2,8% (R$ 9,2 bilhões) na renda do setor agrícola em relação ao ano passado, para R$ 338,63 bilhões. Na compara com o estimado em fevereiro deste ano o aumento foi de 3,1% (R$ 10,98 bilhões).

No caso do setor de proteínas animais houve recuo de 0,1% (R$ 230 milhões) na projeção de renda comparado ao mês passado, com a previsão de faturamento de R$ 171,6 bilhões. Em relação ao ano passado a previsão é de queda de 3% (R$ 5,41 bilhões).

O estudo mostra que a soja ampliou sua liderança como principal produto do agronegócio brasileiro, devido à colheita de mais uma safra recorde e à sustentação dos preços recebidos em reais, por conta da desvalorização cambial, que contralançou a queda nas cotações internacionais.

A projeção do valor bruto da produção da soja subiu 0,4% (R$ 520 milhões) em relação ao mês passado e foi estimado em R$ 123,68 bilhões. O aumento previsto é da ordem de 12,3% (R$ 13,5 bilhões) em relação ao montante registrado para o ano passado.

A recuperação dos preços do milho no primeiro bimestre deste ano, impulsionados pela exportação recorde para o período, com embarque de 9,8 milhões de toneladas, também levou o Ministério da Agricultura a rever para cima suas estimativas de renda na venda do cereal pelos agricultores.

A renda dos produtores de milho está estimada em R$ 43,99 bilhões, valor 12,4% (R$ 4,86 bilhões) superior ao projetado no mês passado e 3,7% (R$ 1,57 bilhão) acima do calculado para o mês passado.

Outro destaque do estudo no setor agrícola foi a revisão para cima (7,9% ou R$ 3,61 bilhões) no faturamento do setor canavieiro comparado ao mês passado, com projeção agora de R$ 49,19 bilhões. Mesmo assim a renda prevista se mantém 4,3% (R$ 2,22 bilhões) abaixo da registrada no ano passado.

No setor de proteínas animais a previsão é de queda anual de 1% (R$ 740 milhões) na renda da pecuária de corte, para R$ 75 bilhões, apesar da revisão para cima em relação ao mês passado (1,9% ou R$ 1,40 bilhão).

No caso da avicultura de corte a perspectiva é de queda de 0,1% (60 milhões) na renda em relação ao ano passado, com projeção atual de R$ 50,87 bilhões, valor 0,8% (R$ 380 milhões) acima do estimado no mês passado.

Fonte: Globo Rural



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