A safra do pinhão no Rio Grande do Sul começou dia 15 de abril. As primeiras estimativas não são animadoras. De acordo com a Emater/RS-Ascar, a expectativa é de que sejam colhidas entre 400 a 500 toneladas de sementes, de 30 a 50% menor do que a safra do ano passado, quando foram comercializadas 800 toneladas.
Rogério Mazzardo, engenheiro agrícola e gerente técnico da Emater/RS-Ascar, conta que os efeitos climáticos de 2017 interferiram na safra deste ano.
Como o pinhão é uma planta bianual, o que se percebe neste ano é que a produção da semente foi reduzida em função de ocorrências climáticas de 2017, tanto a sazonalidade quanto a distribuição pluviométrica, excessos de chuva, estiagem e geadas fora de época, explica.
A ocorrência de falhas durante a abertura das pinhas está maior neste ano, o que também influencia de forma negativa na safra gaúcha. Apesar disso, Mazzardo ressalta que essas oscilações na produção são naturais. No ano passado, as condições climáticas foram favoráveis e assim geralmente ocorre, ou seja, um ano é de boa safra, no outro, nem tanto. Mas se neste ano as condições climáticas melhorarem, nossa expectativa é que as próximas safras poderão retomar o ápice produtivo, pontua.
A Araucária é uma planta nativa do Rio Grande do Sul, protegida pelo Ibama. De acordo com a Portaria Normativa Descrição DC-20 de 1976, criada pelo órgão ambiental, é liberada a colheita e venda da semente a partir do dia 15 de abril, se estendendo até junho. Também proíbe o abate/corte de Araucária, salvo em exceções.
Apesar da safra reduzida, a colheita do pinhão tem importância aquisitiva para diversas famílias, que aumentam a renda anual com a colheita, venda e proliferação das sementes de Araucária.
Fonte: Emater