O recorde da safra de soja, que pode ultrapassar as 15 milhões de toneladas neste período, também está beneficiando as cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul. A tendência é que a participação no recebimento do grão aumente neste ano.
Os números ainda estão sendo levantados, mas segundo o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, em conversas preliminares com dirigentes das associadas da entidade, é visível o sentimento desta alta.
- É a consolidação do sistema cooperativo como o grande intermediador da produção de grãos no Rio Grande do Sul. Todas as cooperativas que a gente conversa aumentaram sua participação nas regiões que atuam. Algumas já estão com problemas de espaço para receber a safra – ressalta ele.
Com isso, uma das demandas da FecoAgro/RS será a de buscar junto ao governo federal formas de financiamentos as cooperativas que têm crédito e capacidade de contrair estes recursos para que possam ampliar a estrutura de armazenagem.
- Se tivermos maior capacidade de armazenagem nas cooperativas, podemos reter o produto e aliviar a pressão por frete, exportando em um prazo maior. Com isso o produtor pode ter uma melhor renda – destaca o presidente da entidade.
Para Pires, o produtor de soja foi beneficiado este ano ainda por constituir a lavoura com o dólar mais baixo. Com a alta da moeda norte-americana em relação ao real, o sojicultor terá ganhos na exportação. O cenário para a próxima safra, entretanto, será de custos elevados.
- Vamos para uma próxima safra bem mais ajustada. Teremos uma perspectiva de resultado menor. Mesmo que a gente repita a safra deste ano, os custos vão impactar nos números – observa o presidente da FecoAgro/RS.
Mesmo com perdas na Metade Sul por causa da falta de chuva no fim do ciclo, a estimativa é que a projeção de novo recorde seja mantida, especialmente pela alta produtividade de lavouras da região Norte do Rio Grande do Sul.
Fonte: FecoAgro/RS