A pecuária do país bateu três recordes em 2016: a produção de ovos de galinha cresceu 5,8% e chegou a 3,1 bilhões de dúzias. O abate de frangos cresceu 1,1% e atingiu 5,86 bilhões de cabeças e o abate de suínos cresceu 7,8%, chegando a 42,32 milhões de cabeças. Outro dado positivo foi a aquisição de couro bovino, que cresceu 1,4%. No entanto, o abate de bovinos recuou 3,2% em relação a 2015, tendência iniciada em 2014, e a aquisição de leite caiu 3,7%, mostrando seu segundo recuo anual consecutivo. A pesquisa também detalha a situação desses produtos no quarto trimestre de 2016, em relação ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2015.
Abate de bovinos cai 3,2%
Em 2016 foram abatidas 29,67 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Houve queda de 3,2% em relação a 2015, representando menos 982,83 mil cabeças de bovinos abatidas. Essa foi a terceira queda anual consecutiva na série histórica do abate de bovinos.
Houve reduções no abate em 20 das 27 unidades da federação. As quedas mais intensas foram em Minas Gerais (-370,94 mil cabeças), São Paulo (-260,16 mil cabeças), Goiás (-239,48 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-116,46 mil cabeças) e Bahia (-78,4 mil cabeças). Os maiores aumentos foram em Rondônia (+250,49 mil cabeças), Pará (+83,64 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+76,04 mil cabeças) e Mato Grosso (+36,65 mil cabeças), que continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2016, com 15,4% da participação nacional, seguido por seus dois vizinhos do Centro-Oeste: Mato Grosso do Sul (11,1%) e Goiás (9,5%).
Já no 4º trimestre de 2016, foram abatidas 7,41 milhões de cabeças de bovinos, com alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior e queda de 3,7% em relação ao 4º trimestre de 2015.
Abate de suínos cresce 7,8% e é recorde novamente
Em 2016, foram abatidas 42,32 milhões de cabeças de suínos, com aumento de 7,8% em relação a 2015. Trata-se de um novo recorde da série histórica iniciada em 1997, que mostra um crescimento anual ininterrupto dessa atividade a partir de 2005.
Foram abatidas 3,05 milhões de cabeças de suínos a mais do que em 2015. O abate cresceu em 17 das 25 UFs participantes da pesquisa e em todas as UFs com participações acima de 1%: Paraná (+1,16 milhões de cabeças), Santa Catarina (+450,87 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+429,08 mil cabeças), Mato Grosso (+336,94 mil cabeças), São Paulo (+211,42 mil cabeças), Minas Gerais (+205,78 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+85,58 mil cabeças) e Goiás (+65,01 mil cabeças).
Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2016, com 25,4% do total nacional, seguida pelo Paraná (21,0%) e o Rio Grande do Sul (19,7%).
No 4º trimestre de 2016, foram abatidas 10,81 milhões de cabeças de suínos. Houve aumentos de 0,8% em relação ao trimestre anterior e de 5,8% em relação ao mesmo período de 2015. Esse resultado trimestral foi o maior desde 1997.
Abate de frangos cresce 1,1% e bate novo recorde
Em 2016, foram abatidas 5,86 bilhões de cabeças de frango, com aumento de 1,1% em relação a 2015, ou 64,09 milhões de cabeças de frangos a mais. Trata-se de um recorde da série histórica inicia em 1997.
Houve altas no abate em 10 das 25 UFs participantes da pesquisa. Os maiores aumentos foram no Paraná (+58,10 milhões de cabeças), no Rio Grande do Sul (+31,88 milhões de cabeças), em Minas Gerais (+20,02 milhões de cabeças), na Bahia (+2,11 milhões de cabeças) e no Mato Grosso (+252,82 mil cabeças). O Paraná continuou líder no abate de frangos em 2016, com 31,3% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (14,9%) e Rio Grande do Sul (14,2%). As quedas mais intensas foram em Goiás (-15,56 milhões de cabeças), Santa Catarina (-11,17 milhões de cabeças), Distrito Federal (-6,49 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-5,70 milhões de cabeças) e São Paulo (-175,82 mil cabeças).
No 4º trimestre de 2016, foram abatidas 1,41 bilhão de cabeças de frangos. Houve quedas de 4,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 6,2% na comparação com o mesmo período de 2015.
Aquisição de leite recua 3,7% e tem segunda queda anual consecutiva
Em 2016, os estabelecimentos de laticínios sob algum tipo de inspeção sanitária captaram 23,17 bilhões de litros. Houve queda de 3,7% em relação ao ano anterior, o que representou menos 893,23 milhões de litros de leite adquiridos. Essa foi a 2ª queda consecutiva na serie histórica anual da aquisição de leite.
Houve reduções em 17 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa. As quedas mais intensas foram em Minas Gerais (-335,94 milhões de litros), Rio Grande do Sul (-238,7 milhões de litros), Goiás (-136,12 milhões de litros) e Paraná (-94,23 milhões de litros).
Os aumentos mais expressivos ocorreram em Santa Catarina (+89,77 milhões de litros), Rio de Janeiro (+18,7 milhões de litros), Pará (+15,95 milhões de litros) e Tocantins (+15,6 milhões de litros). Minas Gerais manteve ampla liderança do ranking das UFs, com 26,4% de participação nacional, com Rio Grande do Sul (14,0%) e Paraná (11,8%) a seguir.
No 4º trimestre de 2016, a aquisição de leite cru foi de 6,24 bilhões de litros, com alta de 6,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior e queda de 0,8% em relação ao 4º trimestre de 2015.
Aquisição de couro cresce 1,4%
Em 2016, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 33,62 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, quantidade 1,4% maior que a do ano anterior, o que representa 478,4 mil de peças inteiras de couro a mais.
Houve aumento do recebimento de peles bovinas em 15 das 21 UFs incluídas na pesquisa. As maiores altas foram no Maranhão (+648,31 mil peças), Bahia (+351,55 mil peças), Paraná (+343,18 mil peças) e Rondônia (+304,43 mil peças).
As maiores reduções ocorreram em Goiás (-248,24 mil peças), Pará (-217,58 mil peças) e Mato Grosso (-173,49 mil peças) que, no entanto, continuou liderando a recepção de peles em 2016, com 16,4% de participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (12,9%) e São Paulo (10,9%).
No 4º trimestre de 2016, os curtumes investigados receberam 8,25 milhões de peças de couro cru bovino, com quedas de 1,0% em relação ao trimestre anterior e de 2,1% em relação ao 4º trimestre de 2015.
Produção de ovos de galinha é recorde e chega a 3,10 milhões de dúzias.
Em 2016 foram produzidos 3,10 bilhões de dúzias de ovos de galinha, com aumento de 5,8% em relação a 2015, ou 51,28 milhões de dúzias de ovos a mais. Foi um novo recorde anual da série.
Houve aumentos em 19 das 26 UFs no universo da pesquisa. Os maiores aumentos foram em São Paulo (+49,94 milhões de dúzias), Ceará (+28,95 milhões de dúzias), Espírito Santo (+19,35 milhões de dúzias), Goiás (+19,1 milhões de dúzias), Minas Gerais (+13,18 milhões de dúzias) e Tocantins (+10,06 milhões de dúzias). Já as reduções mais intensas ocorreram no Amazonas (-4,31 milhões de dúzias) e na Bahia (-1,52 milhões de dúzias). Responsável por 29,5% da produção nacional de ovos de galinha, São Paulo continua líder, seguido por Minas Gerais (9,8%) e Paraná (9,3%).
No 4º trimestre de 2016, a produção de ovos de galinha foi de 799,33 milhões de dúzias, recorde trimestral na série histórica iniciada em 1987. Esse número foi 2,5% maior que o do trimestre imediatamente anterior e 6,9% acima do apurado no 4º trimestre de 2015.
Fonte: IBGE