Afetado por cenários econômicos adversos tanto no plano nacional quanto internacional, o rebanho bovino fechou 2014 com crescimento de 0,3% em relação a 2013, informa a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2014, divulgada hoje (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O rebanho alcançou 212,3 milhões de cabeças, acréscimo de 569 mil animais em relação a 2013.
A seca iniciada em 2013 – que afetou pastagens, diminuiu a oferta de animais para reposição e abate e elevou os custos de produção – contribuiu para o crescimento modesto. Segundo a gerente da pesquisa, Adriana Santos, os preços elevados alcançados pela carne bovina nomercado internacional não foram suficientes para compensar os ganhos do produtor.
- A estabilidade na produção bovina foi decorrente da dificuldades de reposição do rebanho, uma vez que o preço do bezerro ficou muito alto no mercado, o que influenciou negativamente a produção de 2014 – disse Adriana Santos.
Mesmo com crescimento modesto, o Brasil manteve-se como segundo colocado no ranking mundial de rebanho bovino, atrás apenas da Índia. A região Centro-Oeste é a principal produtora, responsável por 33,5% do gadobovino nacional. Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Pará respondem, juntos, por mais da metade do efetivo nacional (54,0%).
Adriana Santos disse que a pesquisa registra de uma maneira geral desempenho melhor em 2014 em outros setores. A produção brasileira de peixes, por exemplo, cresceu 20,9% em relação ao ano anterior, alcançando 474,3 mil toneladas. A região Norte assumiu a liderança de participação entre as grandes regiões, com 139,1 mil toneladas. Esse crescimento foi impulsionado por Rondônia, que subiu para a primeira posição do ranking.
Quinto produtor mundial de leite, o Brasil teve crescimento no setor de 2,7% em 2014, atingindo 35,2 bilhões de litros, informa a pesquisa. Deste total, aproximadamente 70% corresponde à produção fiscalizada (24,7 bilhões de litros), levantada pela Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE. A criação de codornas também cresceu (11,9%), atingindo 20,3 milhões de cabeças. Com isso, a produção de ovos da espécie alcançou 392,7 milhões de dúzias, 14,7% maior que em 2013.
Fonte: Agência Brasil