O Brasil exportou em 2014 mais de 25 mil toneladas de mel – um aumento de 82% em relação ao registrado no ano anterior. Os dados, da Associação Brasileira de Exportadores de Mel (Abemel), mostram que a produção nacional atende aos padrões exigidos pelo mercado internacional.
E a rastreabilidade e o georreferenciamento dos apiários estão entre esses critérios. Este rigor despertou para a crescentemnecessidade do mapeamento da cadeia produtiva do mel, que acontece da seguinte maneira: o apicultor define sua área e posição geográfica e, após uma verificação de dados minuciosa, ele consegue uma certificação para o lugar. A partir daí toda e qualquer produção deste local poderá ter ser rastreada.
Por meio do georreferenciamento pode ser feito o levantamento das floradas, das nascentes d’água, extração de mel, casa de mel, entrepostos, residência dos apicultores, apiários, entre outros elementos. Para isso, os técnicos contam com o auxílio de um GPS, mas outra tecnologia que pode ser utilizada são os drones. A empresa Skydrones está adaptando os microvants para serem utilizados na medição de propriedades. Entre as vantagens apontadas estão a agilidade e a precisão no mapeamento, que possibilita tirar fotos diariamente da área.
O Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae produziu um relatório que orienta o apicultor/meliponicultor que pretende ter um apiário georreferenciado.
Entre as inúmeras vantagens de ter a produção georreferenciada, o reconhecimento como produtor de mel de qualidade é a mais importante. Oportunizar ampliação de negócios, por meio da produção mapeada, contribuindo para melhorar a demanda de exportação, padronizar o manejo do mel e derivados, aumentar a produção, pois pode evitar a saturação de áreas visitadas pelas abelhas, controlar melhor doenças e evitar prejuízos, são os outros benefícios para o produtor que utiliza este modelo de rastreamento.
No boletim sobre o assunto, o SIS/SEBRAE faz várias recomendações:
– Torne-se sócio de uma das associações de apicultores para poder ter o seu apiário georreferenciados. Além de poder ter acesso à informações relevantes para a produção, o seu estabelecimento já estará em acordo com legislação que irá solicitar a rastreabilidade do mel. Além disso, ter sua propriedade georreferenciada contribui para que o setor se desenvolva, por meio de informações que ajudam na tomadas de decisões. Para isso, entre em contato com a Faasc para saber qual a associação mais próxima.
– Atente para as ações da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), pois a apicultura é uma das atividades englobadas pela instituição. Em outros estados, procure uma instituição de assistência técnica e extensão rural – normalmente sob o nome de Emater;
– Participe de cursos da área para compreender como a tecnologia pode contribuir com o desenvolvimento de seu negócio. Um exemplo de curso é o “Uso do GPS em atividades agropecuárias”, do Instituto de Estudos Pecuários;
– Participe de feiras e eventos para conhecer novas técnicas e tecnologias, conhecer seus concorrentes, firmar parcerias com outras empresas e entidades, além de prospectar clientes.
Para isso, atente aos eventos que acontecem na área, ao acessar as notícias do Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae-SC, o site da Faasc e da Epagri.
Fonte: Rural Centro