O período de proibição de queimadas em Mato Grosso, que terminaria em 15 de setembro, será prorrogado novamente, agora até o dia 15 de outubro, de acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), como consequência direta dos altos índices de focos de calor e da péssima qualidade do ar registrados nos municípios do estado.
Apesar da proibição, que começou em 15 de julho, os focos de calor no estado aumentaram 6,6% com relação ao mesmo período do ano passado. Entre primeiro de janeiro e 23 de setembro deste ano, o satélite referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 21.418 focos, contra 20.091 registrados no mesmo intervalo de tempo em 2014.
Se analisados apenas os focos registrados durante o período de proibição, ou seja, quando a Sema-MT não emite autorizações para a queima legal, o número também cresceu: foram 15.754 este ano e 14.043 no ano passado.
Os mais de vinte mil focos de calor estão distribuídos em várias regiões do estado, mas atingem, principalmente, Colniza (1.766 focos) e Cotriguaçu (583 focos), municípios do noroeste de Mato Grosso. Esta região concentra grandes áreas de florestas nativas, mas é considerada a nova fronteira agropecuária pois registra, também, os maiores índices de desmatamento do estado.
Colniza, por exemplo, teve uma alta de 204% no desmatamento entre julho de 2014 e agosto de 2015, se comparado com o mesmo período do ano anterior: foram derrubados 171 quilômetros quadrados, o que representa 17% do total detectado em Mato Grosso. (Com Assessoria/Sema)
Fonte: Diário de Cuiabá