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QUEIJO ARTESANAL SERRANO GANHA DESTAQUE E SELO DE QUALIDADE

Depois de uma longa caminhada, o Queijo Artesanal Serrano é o primeiro queijo brasileiro a obter uma Indicação Geográfica (IG) na modalidade Denominação de Origem (DO), o que representa uma conquista importante para a região produtora, que engloba 16 municípios do Rio Grande do Sul e 18 municípios catarinenses. O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) publicou a concessão da IG “Campos de Cima da Serra” na modalidade DO para o produto no último dia 03 de março.

A IG representa reconhecimento das especificidades da região e a valorização e proteção do produto. Ela foi concedida em nome da Federação das Associações de Produtores de Queijo Artesanal Serrano dos Campos de Cima da Serra do RS e SC (Faproqas), entidade na qual os agricultores estão organizados, e que passa a utilizar um selo escolhido pelos produtores e aprovado pelos órgãos de controle (foto). Para esta conquista, foi fundamental o trabalho árduo e persistente dos produtores de queijo, além da assistência técnica direta de extensionistas da Emater/RS-Ascar e da Epagri/SC, que se dedicaram a este trabalho por quase 20 anos, contando com o apoio da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), prefeituras, câmaras de vereadores, médicos veterinários dos Serviços de Inspeção Municipal, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e universidades (Udesc, Ufrgs e Uergs).

“Esse momento é muito importante para os pecuaristas familiares da região porque no final de 2019 a Seapdr, que é o órgão autorizado a conceder o Selo Arte no RS, resolveu habilitar as queijarias que produzem Queijo Artesanal Serrano e possuem, pelo menos, inspeção municipal, para que possam vender seus queijos em todo território nacional. Este alinhamento de inspeção e certificação é um grande estímulo para o desenvolvimento deste território”, conclui o médico veterinário João Carlos Santos da Luz, extensionista rural da Emater/RS-Ascar.

HISTÓRICO
Produtor de reconhecida notoriedade, o Queijo Artesanal Serrano é rico em história, pois é produzido desde o povoamento desSa região pelos açorianos que subiram de Laguna, os que vieram de Santo Antônio da Patrulha e alguns tropeiros que por ali se estabeleceram, também de origem lusitana. O gado xucro (chimarrão), que ali fora deixado pelos padres jesuítas, foi amansado e começou a ser ordenhado para a confecção do queijo. Este saber-fazer trazido pelos povoadores que formaram as primeiras fazendas cruzou séculos e a receita foi transmitida através das gerações, chegando aos atuais produtores, que têm grande orgulho em manter a tradição e A cultura. Hoje se estima que cerca de três mil produtores ainda elaboram estes queijos, embora nem todos estejam inseridos no mercado ou produzam apenas para consumo da família.

MUNICÍPIOS ABRANGIDOS PELA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA
RS: André da Rocha, Bom Jesus, Cambará do Sul, Campestre da Serra, Capão Bonito do Sul, Caxias do Sul, Esmeralda, Ipê, Jaquirana, Lagoa Vermelha, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Pinhal da Serra, São Francisco de Paula, São José dos Ausentes, Vacaria.

SC: Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Correa Pinto, Lages, Otacílio Costa, Painel, Palmeira, Ponte Alta, Rio Rufino, São Joaquim, São José do Cerrito, Serro Negro, Urubici, Urupema.

Fonte: Emater



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