O I Encontro Nacional de Queijos Artesanais realizado, em Belo Horizonte, no último dia 2 de junho, movimentou o debate sobre a regulamentação desse importante derivado da cadeia láctea. Os produtores reivindicam o marco regulatório para o setor e uma comissão especial para analisar e definir todos os aspectos que envolvem essa produção.
A maior representação dos fabricantes de queijos artesanais está em Minas Gerais, nas cidades de Araxá, Sêrro e na Serra da Canastra (região Centro-Sul do estado), Paraíba e no estado do Pará.
A produção de leite no Brasil totalizou 35 bilhões de litros no último ano, com um consumo per capta de 180 litros, incluindo derivados como iogurte e queijos. O queijo artesanal também é feito com leite de cabra, em boa quantidade na Paraíba: e na Ilha de Marajó (PA) é usado leite de búfala.
Há estimativas de 80 mil produtores nacionais, sendo que 30 mil deles estão em Minas Gerais. Todos defendem regulamentação federal, para viabilizar a negociação de seus queijos fora de seus estados. Em Minas, por exemplo, a legislação é avançada, mas tem sua atuação restrita pela falta de sintonia com a regulamentação federal.
Para o presidente da Associação de Produtores de Queijo da Canastra – Aprocan, João Carlos Leite, o nosso queijo artesanal tem potencial para igualar-se em qualidade aos famosos queijos franceses, importados e vendidos aqui.
Preocupados e atentos com a qualidade do queijo artesanal, os produtores enfatizaram como é importante se obter um produto de qualidade e isso requer respeito às boas práticas de fabricação; sanidade animal; rastreabilidade, e a ausência de zoonoses, porque o queijo artesanal é feito com leite cru não pasteurizado.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA tem articulado o setor e feito sugestões ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para garantir e contribuir com políticas que viabilizem a produção e comercialização do queijo artesanal em todo o território nacional.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA