Na última semana o mercado viu uma forte pressão de baixa sobre os preços do boi gordo. Isso porque os frigoríficos vêm trabalhando com margens apertadas, já que o baixo consumo de carne bovina não está permitindo valorizações deste item. Durante este movimento de baixa, os preços caíram, em média, 1,4%, considerando as 31 praças pesquisadas pela Scot Consultoria.
No entanto, essa queda não foi suficiente para amenizar a situação da indústria, que permanece atuando com margens historicamente baixas. A margem do Equivalente Scot Carcaça (receita obtida com a venda de carne com osso e demais produtos do abate, em relação ao preço pago pela arroba) está em 15,1%, frente a 25,5% em janeiro.
A falta de disponibilidade de bovinos terminados está limitando as quedas da arroba, fazendo a pressão de baixa no mercado do boi gordo perder força ao longo da semana. A oferta limitada de animais terminados e a dificuldade de compra nos preços abaixo da referência são fatores que colaboram para este cenário. Há resistência dos pecuaristas em entregar os animais nestas condições.
Além disso, as chuvas contribuem para melhora nas pastagens e permitem que os pecuaristas retenham os animais, a fim de evitar novas quedas de preços.
A quantidade de negócios fechados continua baixa.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em Araçatuba, São Paulo, a referência ficou em R$154,5 por arroba, à vista (9/3). Entretanto, as programações de abates apertadas fazem com que algumas indústrias acabem pagando preços maiores.
Fonte: Scot Consultoria
Fonte: Canal do Produtor