A produção de café no Brasil deverá atingir entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas beneficiadas, uma queda de quase 9 milhões de sacas produzidas no ano passado, segundo estimativa divulgada hoje (17), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com o órgão, a queda na produção está relacionada com a bienalidade negativa nos cafezais, processo natural em que a planta se recupera do maior direcionamento de energia para a frutificação na safra passada, sobretudo na espécie arábica. O levantamento também indica uma área menor de plantio: 1.842 mil hectares, redução de 1,2% sobre a safra passada.
Para este ano, a produção de café arábica está estimada entre 36,12 e 38,16 milhões de sacas, apresentando uma redução comparativa à colheita passada de 23,9% a 19,6%, respectivamente. Já o conilon tem comportamento inverso e cresce a uma taxa de 1,3% a 15,2%, com possibilidade de atingir entre 14,36 e 16,33 milhões de sacas referentes a cada um dos percentuais, ajudado principalmente por situações climáticas favoráveis e por não sofrer tanto os impactos do ciclo bienal.
O estado mais prejudicado pela bienalidade é Minas Gerais, responsável por mais da metade do volume colhido no país, podendo alcançar entre 26,4 e 27,7 milhões de sacas contra a boa marca de 33,36 milhões da safra passada, que foi de bienalidade positiva. O destaque da produção estadual é a região Sul do estado, que tem uma perspectiva de produção entre 14,49 e 15,18 milhões de sacas.
O Espírito Santo, que responde pela maior produção do café conilon com cerca de 65% do total do país, deve registrar as marcas entre 12,48 e 14,73 milhões de sacas, semelhante às da safra anterior, com seus 13,74 milhões de sacas.
Fonte: DATAGRO