No Pantanal de Mato Grosso, a vegetação alagada apresenta uma desafio à sobrevivência dos bezerros. Para contornar esse problema, pecuaristas estão reduzindo o tempo que os animais passam junto das mães e os transferindo para áreas mais altas.
A estratégia ajuda a evitar perdas. Segundo o pecuarista Antônio Afonso, se os animais permanecem no alagado, a mortalidade dos bezerros fica entre 7% e 10%. “Aqui na desmama precoce eu perco no máximo 0,5%”, disse.
O desmame precoce é feito no início do período de cheia do Pantanal. Os bezerros são separados da mãe aos 4 meses de idade, metade do tempo tradicional.
Na área alta, eles recebem uma ração especial que substitui o leite materno por pelo menos 100 dias. Também são separados em piquetes, que recebem entre 150 e 200 animais.
De acordo com Afonso, a quantidade de bezerros que é salva com essa técnica é o suficiente para pagar os custos com ração. “Eu ainda ganho no peso do animal e no tempo de prenhez das fêmeas”. Se deixadas no alagado, as fêmeas levam 3 anos para poder ficar prenhas, com o desmame precoce o tempo cai para 2 anos.
Fonte: G1