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QUEBRA NO MILHO SEGUNDA SAFRA PREOCUPA PRODUTORES NO PARANÁ

A poucos dias do fim da colheita, produtores de milho das regiões oeste e sudoeste do Paraná estimam uma quebra de produtividade em torno de 25%. Mais uma vez a inconstância do clima jogou contra a segunda safra, tão esperada pela indústria nacional.

Desde o plantio em fevereiro houve excesso de chuva, estiagem e geada. Combinação que deixou o milho leve e pouco valorizado pelas cooperativas, prejudicando produtores como Nilceu Luiz Forte, que fez da segunda safra sua aposta para o ano. “Já começou tudo meio errado: no começo muita chuva, não dava pra colher soja pra implantar a lavoura de milho, já foi plantado quinze dias depois do prazo. Depois, excesso de chuva pra controlar o percevejo, que deu um estrago razoável. Por fim veio a seca de 30 dias, uma geada e chuva para atrapalhar a colheita”, lamentou.

De 2015 pra cá, o produtor rural dobrou a área plantada de 50 para 100 hectares e investiu em defensivos e fertilizantes, mas o clima não colaborou. Com tanta mudança de clima, as espigas e os grãos ficaram menores, resultando em uma perda de pelo menos 25% na produtividade da segunda safra. “Agora que era hora de ganharmos dinheiro, mas acabamos ficando no prejuízo”, disse o produtor.

Oferta de milho
As regiões sudoeste e oeste do Paraná produzem cerca de 60% do milho segunda safra disponibilizado pelo estado, que é o segundo maior produtor do grão no país.  Além da decepção do produtor que esperava lucrar mais com o preço da saca valorizado, essa quebra tende a deixar ainda mais tensa a espera da indústria por uma oferta menos apertada no próximo semestre.

Para o engenheiro agrônomo João Paulo dos Santos Daun, a falta de milho no mercado vai continuar até o final de 2016. “Isso aí aumenta o custo para a cooperativa, pois só gerou aumento de custo para fazer a ração do grão e diminuição de renda do produtor. Até o final do ano, vai faltar milho no mercado novamente”, falou.

A colheita das últimas lavouras de milho de segunda safra no Paraná deve se estender até esta semana.  Depois disso, produtores como Nilceu começam o preparo para o plantio da próxima safra de soja, outra grande investida dos agricultores paranaenses. “Na nossa região, acredito que cerca de 10% a 15% seja milho. O restante é soja”, analisou o engenheiro agrônomo.

Fonte: Canal Rural

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Fonte: Sistema FAEP



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