Com lavouras severamente afetas pela estiagem, Helder Cremonese se vê diante de um dilema. Tomando como base a produção que colheu na safra passada na região de Balsas (MA), ele comprometeu antecipadamente com empresas locais 40 sacas por hectare. Mas, com talhões rendendo apenas 20 sacas/ha na abertura da colheita e expectativa de fechar a temporada com média de 35 sacas/ha, teme não colher volume suficiente para honrar os compromissos.
- Vou tentar renegociar, ver o que dá para fazer – lamenta.
- Todo ano a primeira soja que colho vendo no disponível para girar a operação, pagar óleo diesel e outras despesas assim. Este ano não vendi – relata Francisco Pugliesi, também do Maranhão.
Com quebra consolidada de cerca de 30%, toda a produção da temporada já está comprometida.
- Foi um ano que todo mundo renovou o maquinário. Eu investi em um silo. Mas vou priorizar os contratos já firmados, entregar toda a soja que conseguir. Tenho que fazer alguma artimanha para cumprir os compromissos, para não sujar o nome e ter crédito para a safra que vem – diz o produtor.
Fonte: Gazeta do Povo