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QUALIDADE DO LEITE

A melhoria da qualidade do leite e a profissionalização da cadeia produtiva estiveram no centro dos debates da terceira reunião técnica da Aliança Láctea Sul Brasileira, realizada na quinta-feira, 23 de abril, na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (FARSUL), em Porto Alegre. Entre as metas estabelecidas para os grupos técnicos estão realizar uma avaliação da  Instrução Normativa 62 (IN 62), que estabelece parâmetros técnicos para o leite, e propor um programa de remuneração pela qualidade do produto.

- A ideia não é interferir nas políticas de remuneração das indústrias, mas ter parâmetros que possam ser usados nos três estados, até mesmo para aquelas empresas menores utilizarem como base. É um trabalho como o que estamos desenvolvendo aqui no Conseleite-RS, porém, ampliado – explica Jorge Rodrigues, presidente da Comissão do Leite da FARSUL e do Conseleite-RS.

Ele ainda explicou que o objetivo com relação à IN 62 é avaliar quais os pontos da normativa apresentam dificuldades de serem efetivamente cumpridos.

A reunião teve a presença do presidente do Sistema FARSUL, Carlos Sperotto, que também defendeu planos e normas adequados às realidades dos produtores locais e que possam ser implementados. A próxima reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira – que reúne representantes dos governos e das cadeias produtivas do leite em Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – será em julho, em Florianópolis (SC). Juntos, os três estados do Sul produzem cerca de um terço do leite brasileiro.

- Hoje somos maiores do que a Argentina em produção de leite. Temos de nos preparar para não apenas abastecer o mercado interno, mas também participar do mercado internacional – afirmou Ronei Volpi, coordenador-geral da Aliança Láctea Sul Brasileira.

O encontro contou com a presença dos secretários de Agricultura dos três estados do Sul. O titular da pasta no Rio Grande do Sul, Ernani Polo, destacou que os debates da Aliança Láctea devem ser aproveitados na elaboração das políticas estaduais, junto com as discussões da Câmara Setorial do Leite.

- Muitas ações podem ser trabalhadas de forma coletiva pelos estados do Sul –  afirmou ele.

Uma das questões debatidas foram diferenças tributárias entre estados do Sul e demais entes da Federação.

- O sonho é que tivéssemos os mesmos tributos – disse o secretário paranaense, Norberto Ortigara.

Ele admitiu que hoje isso não é possível. Já o secretário-adjunto da Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, destacou a importância do combate integrado à brucelose e tuberculose.

Fonte: Farsul



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