Nesta quarta-feira (18/01) outras estradas gaúchas foram bloqueadas por caminhoneiros. A RS 223 em Ibirubá, no noroeste do Estado, ficou duas horas bloqueada pela manhã e uma nova interrupção no trânsito está prevista para a primeira hora da tarde.
O protesto no Rio Grande do Sul iniciou na terça-feira (17/01) em quatro trechos das rodovias federais BRs 285, 158 e 392. Os trabalhadores estão mobilizados contra a queda no preço pago pelos contratantes do serviço, que, segundo eles, seria de cerca de 30% em relação ao ano passado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os caminhoneiros protestam nos seguintes trechos: km 461 da BR 285, em Ijuí, km 193 e 265,8, da BR 158, nos municípios de Cruz Alta e Júlio de Castilhos, respectivamente; e no km 66 da BR 392, em Pelotas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí, Carlos Alberto Dahmer, o objetivo dos trabalhadores é se juntar às mobilizações iniciadas pelos caminhoneiros em Mato Grosso, na última sexta-feira, dia 13.
- Exigimos uma tabela com valor mínimo do frete. O preço que estão pagando está defasado. Também queremos sensibilizar o governo para que o aumento do combustível (especificamente o preço do óleo diesel) não aconteça – explicou Dahmer.
Segundo a PRF, cerca de 150 caminhões ficaram aglomerados em postos de combustível às margens da BR 285, no trevo de entroncamento com a RS 342, em Ijuí, no Noroeste do Estado. – Não pretendemos fechar a estrada. Por enquanto há espaço nos postos – destacou Dahmer.
O presidente do sindicato ressalta que, com a interrupção da rodovia, caminhões graneleiros poderiam ser afetados e os trabalhadores poderiam ser multados pela PRF. Sobre as mobilizações dos caminhoneiros que se espalham no País, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Afrânio Rogério Kieling, diz que a entidade não apoia as paralisações, mas entende as reivindicações dos trabalhadores.
- Concordamos que os preços (dos fretes) estão muito baixos e que é muito difícil mesmo trabalhar desta forma. Também entendemos que a reivindicação contra o valor do diesel é justa – disse Kieling.
Fonte: Agronovas e Correio do Povo