Em meio às baixas cotações das principais commodities, queda no câmbio e incertezas no setor de carnes, lideranças rurais e produtores do Paraná receberam uma boa notícia. O protecionismo imposto por diversos países, principalmente os Estados Unidos, a maior economia do mundo, atrelado à projeção do Banco Mundial de crescimento maior das economias de diversas nações em relação a 2016, podem abrir novos mercados para os produtos brasileiros. Porém, para que as oportunidades sejam aproveitadas, o Brasil precisa, rapidamente, adequar questões internas.
Essa afirmação partiu do engenheiro agrônomo Alexandre Mendonça de Barros, durante palestra sobre a conjuntura atual dos agronegócios mundial e nacional, realizada no Encontro das Comissões Técnicas da FAEP, em Curitiba, no dia 31 de março. O evento reuniu cerca de 300 lideranças e produtores de diversas regiões do Estado.
Barros utilizou o México para exemplificar como o Brasil pode abocanhar um novo mercado. Apesar de ser um território extenso, o país da América do Norte tem uma “agricultura fracassada”. “Eles têm potencial para não depender tanto da importação, mas não é essa a realidade”, apontou o especialista.
Hoje, o México importa aproximadamente 4,2 milhões de toneladas de soja, 14 milhões de toneladas de milho e cerca de 1 tonelada de carne suína. Porém, a participação do Brasil nesses negócios é quase nula. Em compensação, os Estados Unidos têm participação significativa, o que pode mudar no futuro em função da política protecionista adotada pelo presidente norte-americano Donald Trump.
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Fonte: Sistema FAEP