O trabalho
desempenhado pelos profissionais da área de educação no Paraná é um dos
alicerces do Programa Agrinho, desenvolvido pelo SENAR-PR. Em Ponta Grossa, na
região dos Campos Gerais, o programa tornou-se referência entre as escolas e,
desde 2001, fomenta ações para melhorar a qualidade de ensino no município. À
frente desta missão está a professora Aparecida Castanho, responsável pelo
Agrinho na Secretaria Municipal de Educação, nos períodos de 2001 a 2004 e de
2013 até o momento.
Há 18 anos,
quando Aparecida assumiu a coordenação do programa pela primeira vez, o Agrinho
se desenvolvia a passos lentos no município. Então, naquele ano ocorreu o
pontapé inicial para que o programa atingisse seu potencial em Ponta Grossa,
trabalho que continua sendo aperfeiçoado a cada ano. Para isso, formações
regulares com os professores foram realizadas para a capacitação da rede
municipal por meio da metodologia do programa. “Todo esse trabalho foi
fundamental para o Agrinho ter a relevância atual em Ponta Grossa. Antes de
2001, tínhamos casos isolados. A realidade agora é outra”, afirma a
coordenadora.
Atualmente, a
rede municipal de Ponta Grossa possui 31 mil alunos na educação infantil e
ensino fundamental e conta com o trabalho de mais de 750 professores em 84 escolas,
sendo 73 de tempo integral. Para dar conta da dimensão do programa na quarta
maior cidade do Estado, a capacitação precisou ser reformulada neste ano. “A
nossa rede é muito grande e, em 2019, recebemos mais de 200 novos professores.
Por isso, repensamos a formação para que o trabalho realizado com o Agrinho
continuasse a chegar efetivamente nas escolas”, relata.
Em fevereiro
deste ano, três encontros de formação, com duração de oito horas cada, foram
realizados com os coordenadores pedagógicos das escolas municipais. “Estes
profissionais são a nossa ponte com os professores que, consequentemente, fazem
a ponte com os alunos”, explica Aparecida. Dessa forma, foram instituídas,
semanalmente, datas para formação e planejamento dos docentes. “Nós priorizamos
a formação continuada com base nos quatro pilares da educação: aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e a aprender a ser”, destaca.
Ainda, um
grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp foi criado para fortalecer o contato
entre as escolas e professores, além de facilitar a troca de informações e
novidades.
Para o
próximo ano, Aparecida já tem alguns projetos em mente, como a criação de
grupos de estudo sobre os temas e metodologias trabalhadas no Agrinho. “Apenas
comentei a ideia e mais de 40 professores já demonstraram interesse”, revela.
Na
visão da coordenadora, o Programa Agrinho é essencial para o incentivo ao
protagonismo dos agentes que fazem parte da comunidade escolar. “Os projetos
que temos desenvolvido dentro do programa têm proporcionado isso. O Agrinho é
sinônimo de vida nas escolas porque está imensamente presente no currículo
escolar, nas aulas e no dia a dia”, avalia. “A nossa marca é garantir uma
escola de qualidade voltada para a infância e que forme cidadãos. E da forma
que estamos fazendo tem dado certo”, complementa.
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Fonte: Sistema FAEP