A suinocultura brasileira deve encontrar um cenário favorável ao longo de 2019, em relação aos últimos anos. Impulsionada pelas previsões de aumento significativo da demanda internacional, o setor deve ter um aumento de 6% na produção. O volume das exportações, por sua vez, deve crescer em torno de 25%, chegando à casa das 900 mil toneladas embarcadas. As projeções foram apresentadas durante a reunião da Comissão Técnica de Suinocultura da FAEP, no dia 17 de abril, na sede da entidade, em Curitiba.
A demanda internacional deve ser puxada pela China, que sente os reflexos de uma epidemia de peste suína africana. Para compensar a queda vertiginosa na produção de suínos, os chineses devem ampliar as importações do produto. Os dados ainda não são precisos, mas a estimativa do consultor Matheus Andrade, da Barral MJorge Consultoria, é de que o volume de compras externas da China aumente 40%, só entre produtos da suinocultura. “A China será o grande mercado do mundo para a carne suína”, sintetizou.
Mas não é só isso. Depois de um embargo que durou cerca de um ano, a Rússia voltou a importar carne suína brasileira, em novembro de 2018. A tendência é de que os russos mantenham o mercado aberto, o que contribuiria para o aumento das exportações do Brasil. Desta forma, as projeções apontam que 46% da carne suína embarcada pelo Brasil tenham como destino a China (23% entrando no país por portos chineses e 23%, via Hong Kong). Já a Rússia ficaria com o equivalente a 12% dos produtos da suinocultura vendidos internacionalmente pelo Brasil.
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Fonte: Sistema FAEP
