A consultoria INTL FCStone soltou nesta quinta-feira (7/1) nova projeção para a colheita de soja no Brasil. Após a forte seca atingir especialmente as regiões Centro-Oeste e Nordeste do país, comprometendo o desenvolvimento das lavouras, a empresa reduziu sua estimativa para a produção da commodity em 1 milhão de toneladas. O cálculo considera agora que os produtores brasileiros vão retirar dos campos 97,8 milhões de toneladas do grão, contra 98,8 milhões de toneladas estimadas em dezembro.
A redução é puxada por Mato Grosso, maior produtor nacional, que teve rendimento médio das planações ajustado para baixo pela consultoria. A produtividade esperada caiu de pouco mais de 3 mil quilos por hectare (o equivalente a 50,6 sacas por hectare) para 2.960 mil quilos por hectare (49,3 sacas por hectare). Com isso, a expectativa de produção foi diminuída para 27,2 milhões de toneladas, contra 28,06 milhões de toneladas projetadas em dezembro.
A coordenadora de inteligência de mercado da consultoria, Natália Orlovicin, ressalta que no início de 2016 observou-se melhora nas condições do clima em Mato Grosso, mas que a falta de chuva no início do ciclo causou perdas que são irreversíveis em boa parte da área plantada do Estado.
Outra região que compromete o potencial produtivo da safra de grãos neste ano é a do Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Lá,
- O stress hídrico é mais preocupante porque o nível normal de precipitações nesta época já é mais baixo do que em outras áreas produtoras do Brasil – acrescenta Natália.