As alfaces hidropônicas chegam, todos os dias, fresquinhas às gôndolas do mercado, com o selo do programa Hortifruti (HF) do Vale do Iguaçu. Assim como os outros mais de cem olericultores que fazem parte do projeto, Fábio Balsanello, do município de Paula Freitas, no Sudeste do Paraná, negocia as hortaliças diretamente com os donos de supermercado. Em dois anos no projeto, a produção de Balsanello saltou de 500 para 3,5 mil pés por mês. Agora, o produtor planeja dar um passo maior: construir uma nova estufa, para expandir ainda mais o negócio.
“Antes da criação do HF, era difícil de os produtores locais chegarmos até mercado. Quando chegávamos, os compradores faziam 1001 exigências, o que inviabilizava o negócio. O HF nos proporcionou uma abertura de mercado e reconhecimento. Agora, está bonito de se ver”, diz Balsanello.
O HF do Vale do Iguaçu deu seus primeiros passos em 2017, com o objetivo não só de abrir mercado, mas de organizar toda a cadeia produtiva da hortifruticultura da microrregião. Neste processo, a capacitação teve papel determinante, como forma de fomentar a adoção de práticas de excelência, que implicasse na garantia da qualidade dos produtos que levam o selo do programa.
Neste aspecto, o SENAR-PR teve atuação fundamental. Em 2017, logo no início, 177 famílias de produtores foram capacitadas e, sem seguida, 49 foram cadastradas para fazer parte do HF do Vale do Iguaçu. A capacitação continuou ao longo de 2018, com cursos de extensão rural. A previsão é de que 143 famílias estejam incluídas no programa ainda nos primeiros meses de 2019.
“Nós começamos a capacitação com 20 cursos simultâneos, trabalhando em oito municípios ao mesmo tempo. Trabalhamos, principalmente, com o [curso] HortiMais. Em 2019, vamos avançar na parte de gestão e com o [curso] ‘De olho na qualidade rural’”, aponta o supervisor regional do SENAR-PR Eduardo Figueiredo Mercado.
A partir da capacitação pela qual passou e de sua inclusão no HF, a hortifruticultora Juliana Dziurza, do município de Cruz Machado, pôde organizar sua produção de acordo com a demanda do mercado consumidor. Com isso, ampliou em 50% a plantação de alface, brócolis e verduras – o que fez com que ela incluísse nos trabalhos o marido e contratasse uma funcionária, para dar conta de manter a produção. Para Juliana, ter frequentado o HortiMais foi decisivo para organizar a atividade.
“A minha vida agora é outra. Antes, essa produção era uma atividade só minha. Agora, envolve mais gente e abrimos até uma vaga de trabalho. Está profissional. A hortifruticultura é, hoje, a segunda atividade mais rentável da propriedade”, disse Juliana, cuja família também atua na produção de leite.
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Fonte: Sistema FAEP