O Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), uma das ferramentas para viabilizar a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis, tem sofrido duros golpes no Paraná. O número de contratação despencou nas últimas duas temporadas, acendendo o sinal de alerta. Para complicar ainda mais o cenário, o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2017/18, lançado no início de junho pelo governo federal, traz taxa de juros de 7,5% no ABC, incompatível com o baixo retorno financeiro no longo prazo.
Os dados do Banco do Brasil, principal agente financeiro do agronegócio nacional, em relação ao ABC no Estado permitem dimensionar a redução significativa na contratação nas últimas duas safras. Na temporada 2014/15, foram 854 contratos no valor de crédito disponibilizado de R$ 138,7 milhões. Na temporada seguinte, 2015/16, 159 contratos e montante total de R$ 25,5 milhões. Na safra 2016/17, prestes a terminar, apenas 66
contratos e R$ 14,4 milhões em crédito.
Lançado na safra 2010/11, o programa ABC atingiu seu auge no Paraná na temporada 2012/13, quando registrou 997 contratos e R$ 175,8 milhões em crédito. Na época, o SENAR-PR capacitou cerca de 500 profissionais – engenheiros agrônomos, zootecnistas e médicos veterinários – em relação às técnicas de agricultura de baixo carbono para o desenvolvimento de projetos.
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Fonte: Sistema FAEP