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Profissional mais preparado

Em uma década, o Brasil pode ocupar a liderança na produção mundial de alimentos. A previsão de órgãos multilaterais internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), leva em conta a condição atual do país como segundo exportador do mundo, a grande extensão territorial de 8.515,767,049 km² e o potencial para a expansão das fronteiras agrícolas, sem desmatamento ou ocupação de áreas florestais. O setor é responsável por 37% dos empregos diretos no país.”A CNA está alinhada às novas tendências mundiais em formar profissionais multiplicadores para atuar no campo”, analisa Thiago Masson, professor das disciplinas cenários internacionais para o agronegócio, e métodos e técnicas de pesquisa em agro.

A profissionalização da atividade rural é um passo obrigatório do setor, que é líder em crescimento na economia nacional. Cada vez mais, o agronegócio exige profissionais bem preparados para avaliar projetos de investimentos, estratégias, operacionalização, logística e comercialização de produtos, entre outros temas, mas a Faculdade CNA não quer competir com grandes instituições de ensino de agronomia do país. “Queremos formar profissionais com uma visão holística de toda a cadeia produtiva do agro, dentro e fora da porteira, que conheçam legislação, ambientes regulatórios e políticas agrícolas”, explica o presidente da Faculdade CNA, André Sanches.

Técnicos

A formação para a atuação no campo pode ser feita, também, por meio do curso técnico em agronegócio, realizado na modalidade semipresencial, pelo Senar. A entidade oferta, gratuitamente, 3.020 vagas em 90 polos, distribuídos por 22 estados e no Distrito Federal, em 2018. O curso é bastante disputado. O prazo para a inscrição termina em 9 de fevereiro. Até a última sexta-feira, entretanto, 14.047 pessoas já tinham se matriculado no processo seletivo. Salvador, Brasília e Fortaleza são os polos com maior número de candidatos, até o momento.

No ano passado, o curso recebeu 14.039 inscrições. A procura foi bastante alta em várias unidades agropecuárias. Em Goiânia, a concorrência chegou a 19,7 candidatos por vaga. No polo de Sete Lagoas (MG), foram contabilizados 13,3 candidatos por vaga, enquanto em Gandu, município baiano de 30 mil habitantes, a concorrência foi de 12,3 candidatos por vaga.

O curso é reconhecido pelo MEC e pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Tem carga horária de 1.230 horas, divididas em 80% em ensino a distância e 20%, de aulas presenciais, realizadas em propriedades rurais, agroindústrias ou nos polos de apoio da rede do Senar. O agricultor familiar ou médio produtor e técnicos de assistência técnica e extensão ruraltêm prioridade de acesso às vagas.

A grande concorrência nos cursos relacionados ao agro, presenciais ou a distância, é uma realidade no setor que lidera a economia do país. Pesquisa realizada pelo Cepeaea/Esalq (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada / Escola Superior de Agricultura da USP), realizada no ano passado, indica que cresceu o nível de emprego no agronegócio para trabalhadores qualificados.

A tendência do mercado é continuar aquecido para os profissionais do campo mais instruídos, segundo avaliação do professor da Universidade de São Paulo, José Pastore, doutor honoris causa em ciência e PhD em sociologia. “Historicamente, o setor agropecuário perde trabalhadores devido à introdução de tecnologias mecânicas. Mas, mesmo assim, precisa de mão de obra para lidar com essas tecnologias, assim como as inovações químicas e biológicas. Nesse caso, as culturas tendem a ser mais intensivas em mão de obra e exibem o trabalho humano em maior quantidade e por mais tempo”, analisa. (MG) “Historicamente, o setor agropecuário perde trabalhadores devido à introdução de tecnologias mecânicas. Mas, mesmo assim, precisa de mão de obra para lidar com essas tecnologias, assim como as inovações químicas e biológicas” José Pastore, professor da USP

Fonte: Canal do Produtor



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