Foi publicada nesta quinta-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU), a proposta de Preços Mínimos para os produtos de Sociobiodiversidade 2016/17. Os índices são sugeridos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ao Grupo Gestor de Apoio à Comercialização de Produtos da Sociobiodiversidade e aprovados pelo Conselho Monetário Nacional. O documento destaca 15 produtos extrativistas: açaí, andiroba, babaçu, baru, borracha, cacau, carnaúba (cera e pó), castanha-do-brasil, juçara, macaúba, mangaba, pequi, piaçava, pinhão e umbu.
Entre os destaques estão o babaçu, que teve aumento de 15,2%, passando de R$ 2,49 para R$ 2,87 o quilo, a borracha natural, que foi de R$ 4,90 para R$ 5,42 o quilo e a mangaba. No caso deste último produto, ela possui dois preços devido às peculiaridades no cálculo do custo de produção em diferentes áreas. No Nordeste, o aumento foi de 17,44%, aumentando de R$ 1,95 para 2,29 o quilo. Já no Centro-Oeste e Sudeste, este aumento foi de 35,83%, passando de R$ 1,20 foi pra R$ 1,63 o quilo.
Para a realização da proposta, a Conab leva em conta os custos de produção e a avaliação econômica de cada um dos produtos citados. O objetivo da atualização dos preços mínimos é contribuir para o aumento da produção extrativa, fortalecer as populações tradicionais e contribuir com a preservação ambiental e geração de renda nos biomas brasileiros.
A publicação traz as análises dos produtos e a avaliação de mercado. Para a atualização dos preços mínimos, o estudo abrange os custos do ano passado e os da safra atual, atualizados com base nos preços de mercado. A proposta publicada hoje também considera o momento atual de pressão inflacionária. Em março de 2016, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu a marca de 1,27% a.m., totalizando 9,39% no acumulado de doze meses.
Vale lembrar que os produtos da sociobiodiversidade possuem mercados diferenciados e suas cadeias produtivas estão em processo de estruturação e necessitam de um apoio promocional e especial das políticas públicas. A importância em se apoiar estas produções com a PGPM-Bio, além de garantir a sustentabilidade destas populações, é também a forma com que se apropriam dos recursos naturais, preservando o meio ambiente, por meio do extrativismo sustentável.
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Fonte: CONAB