Brasília (30/01/2018) – Representantes dos produtores de arroz do Rio Grande do Sul pediram nesta terça (30) ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Neri Geller, a realização de leilões de PEP e PEPRO para escoar o excedente da produção do cereal no estado, reduzir os estoques e garantir ao produtor a recuperação do preço da saca de 50 quilos.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (FARSUL), Gedeão Silveira, os estoques de passagem no estado já ultrapassam 1,2 milhão de toneladas e o excesso de arroz no mercado tem reduzido os preços e levado os orizicultores gaúchos a abandonar a atividade.
“Estamos iniciando uma nova safra e a colheita ainda está por vir. Precisamos enxugar o mercado interno e retirar o excedente do grão para salvar as lavouras do estado, que é responsável por mais de 60% da produção nacional”, disse Gedeão.
Segundo o secretário Neri Geller, já existe uma portaria, publicada em 29 de dezembro de 2017, que disponibiliza R$ 100 milhões para a compra de arroz, por meio de leilões públicos.
“Ainda não definimos uma quantidade da aquisição do arroz, mas pode variar de 1 milhão a 1,3 milhão de toneladas. Nosso objetivo é dar ao produtor segurança no início da colheita, para que venda seu produto e honre seus compromissos”.
Outro ponto levantado na reunião foi a realização de contratos de Aquisição do Governo Federal (AGF). “Nós estamos discutindo a possibilidade de contemplar aquele produtor que tem mais dificuldade para entrar no leilão”, destacou Neri.
Para o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, a crise no setor tem reduzido a renda do produtor. “A saca de 50 quilos de arroz em casca está sendo vendida por R$ 35,85 e os custos de produção estão entre R$ 43,00 e 47,00 por saca, ou seja, não é suficiente para cobrir nem os custos”.
Ainda de acordo com Henrique, o subsídio anunciado pelo Governo será suficiente, mas alguns produtores ainda terão que reduzir a área plantada e se adaptar ao novo mercado.
Assessoria de Comunicação CNA/SENAR
Foto: Adriano Brito
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Fonte: Canal do Produtor