Entre os 37.500 hectares colhidos, pelo menos 50% perderam a qualidade, ou seja, ocorreu a ‘soja ardida’ por causa do excesso de umidade
As condições climáticas desfavoráveis para a cultura da soja em Mato Grosso do Sul, com chuvas acima da média, atrasaram a colheita. Em Dourados, onde foram plantados 150 mil hectares, só esta semana os produtores conseguiram colher 85% da cultura. A previsão, caso não chova nos próximos dias, é que os outros 15% que faltam sejam colhidos até terça-feira.
De acordo com o engenheiro agrônomo Ângelo Ximenes, presidente da Associação das Empresas de Assistência Téc-nica Rural de MS (Aastec-MS), dos 85% da soja colhida nas lavouras de Dourados, 60% estão perfeitas, segundo ele. No entanto, a maior preocupação é que dos 37.500 mil hectares colhidos, em 50% ocorreu a chamada soja ‘ardida’.
Ângelo explica que é aquela soja, que por conta do excesso de umidade, os grãos já começam a apresentar uma menor qualidade, fermentados, inapropriados, portanto, para algumas finalidades. Essas características acabam por provocar uma redução nos preços dessa soja que chega ao mercado.
Além disso, as chuvas excessivas favorecem ainda o aparecimento de mais pragas.
A parte mais crítica é de que a soja foi dessecada e neste caso, tem dia certo para ser colhida e a maioria dessas lavouras já está em ponto de colheita.
As perdas são em função disso, porque os produtores não conseguiram entrar nas lavouras. A orientação é de que seja aproveitada qualquer trégua promovida pelas chuvas para que dê andamento à colheita a fim de que os prejuízos registrados sejam os menores possíveis.
Fonte: O Progresso
Fonte: Canal do Produtor