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Produtor de feijão planta 14 variedades para conquistar mercado gourmet

Branco, preto, amarelo, vermelho rajado. Quem ouve falar da lavoura do produtor Roberto Gurski, em Palmeira, nos Campos Gerais, pensa logo em um arco-íris, tamanha a variedade de cores dos feijões cultivados. São 14 tipos no total, que vão desde os mais tradicionais, como o carioca, até os mais incomuns, como o feijão arroz, as favas e outros grãos, todos cultivados no sistema orgânico de produção.

Tamanha variedade tem explicação. De acordo com o Gurski, a produção foi calculada de forma a atender às demandas de feiras e restaurantes na região e também da capital paranaense. Dentre os compradores da produção orgânica estão o restaurante Girassol, localizado em Palmeira, voltada para a culinária paranaense, e o Quintana Gastronomia, de Curitiba, espaço que tem como filosofia a alimentação equilibrada, ambientalmente correta e que valoriza os produtores locais de alimento.

“Além do feijão, entregamos farinha de milho e verduras. Vamos ajustando nossa produção de acordo com a demanda. Quando se produz em pequena propriedade tem que ajustar assim”, explica o produtor, que destina cerca de 2,5 hectares para produção dos feijões e outros 2,5 para abrigar estufas e áreas para produção de frutas e hortaliças.

Segundo o produtor, o caminho para chegar neste modelo de negócio contou com a ajuda do SENAR-PR. Os cursos o auxiliaram tanto na parte técnica, quanto na gestão da propriedade. “Fiz cursos de olericultura, frutas, morango, gestão da propriedade. Todos ajudaram bastante”, afirma. “Se no futuro tiver algum curso de feijão aqui por perto, pretendo fazer também”, adianta.

Gurski conta que a chave para obter tantos tipos diferentes de feijão foram as feiras de sementes, eventos bastante tradicionais onde produtores compram, vendem e trocam sementes de variados tipos. “Este ano, na região de Palmeira, aconteceram três feiras, onde participaram gente de vários municípios e até de outros Estados”, conta.

Cultivar tantas variedades diferentes em um mesmo espaço não é algo que assuste o produtor. “O manejo varia um pouco de grão para grão. O [feijão do tipo] arroz e o azuki são mais complicados. O pé demora mais para produzir, não madura parelho, tem que arrancar deixar secar, mas também não é nada muito complicado”, afirma Gurski.

Leia mais no Boletim Informativo.

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Fonte: Sistema FAEP



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