Os números de oferta e demanda de grãos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), divulgados na última quarta-feira (10), trouxeram algumas boas notícias para o produtor brasileiro: queda de produção nos EUA, importação recorde da China e demanda mundial aquecida. O ponto negativo é que, por ora, os números são apenas estatísticos e podem mudar.
Embora a área de soja tenha aumentado, a previsão de safra norte-americana recua para 115,8 milhões de toneladas em 2017/18, abaixo dos 117,2 milhões de 2016/17. Daniele Siqueira, da AgRural, adverte, no entanto, que essa estimativa de safra leva em consideração a linha de tendência de produção nos últimos anos, que é de 53,8 sacas por hectare. Se a produtividade americana desta safra repetir a anterior, que foi de 58,4 sacas, a produção dos Estados Unidos dispara para 126 milhões de toneladas. “Aí as coisas se complicam”, diz. “Mas, até agora, o cenário não se apresenta ruim. O consumo é firme, e os estoques não estão tão elevados”, acrescenta.
A demanda mundial deverá continuar firme. A China, que importou 89 milhões de toneladas na safra 2016/17, vai comprar 93 milhões na próxima, segundo estimativas do Usda.
Milho
A produção de milho também cai nos Estados Unidos. Isso porque o cereal cedeu parte da área para a soja neste ano. As estimativas são de uma safra americana de 357,3, milhões de toneladas, ante 384,8 milhões em 2016/17. Mas, se cai a produção dos EUA, aumenta a de outros grandes produtores, como Brasil e Argentina. Os Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de soja e de milho.
Os novos números do Usda apontam 96 milhões de toneladas do cereal para este ano no Brasil e 40 milhões na Argentina. Os números da safra 2017/18 ficariam próximos aos de 2016/17. Os estoques mundiais de soja são suficientes para 94 dias em 2017/18, abaixo dos 99 de 2016/17. No mesmo período, os de milho caíram para 67, ante 78 na safra anterior, segundo dados da AgRural.
Fonte: Coluna Vaivém das Commodities
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