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Produto medalhista promete impulsionar negócios da Queijos Carvalho

Há gerações, a família Carvalho, de São Miguel do Oeste, no Oeste do Paraná, está ligada à produção rural. Desde 2009, a produção de leite também passou a fazer parte da rotina da propriedade. Apesar da fidelidade aos lácteos nesse tempo, em alguns períodos amargaram prejuízos e incertezas. Para driblar esse cenário, com ajuda dos cursos do SENAR-PR, a família apostou na qualificação. De lá para cá, as melhorias têm sido nítidas, a ponto de dois dos queijos produzidos pelo clã terem recebido a medalha de bronze no Prêmio Queijos do Paraná, iniciativa idealizada pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, Sebrae-PR, IDR-Paraná e Sindileite-PR.

À frente da atividade leiteira na propriedade de 67 hectares, Airton Carvalho e a esposa Rosângela começaram com as primeiras formações do SENAR-PR relacionadas ao manejo e qualidade do leite. Isso permitiu, de forma gradativa, melhorar os parâmetros da produção leiteira. Então, optaram por participar de um treinamento da entidade na área de queijos. De forma modesta, transformavam, diariamente, 40 litros de leite em queijo colonial – o mais comum na região.

Airton Carvalho, de São Miguel do Oeste, teve seu queijo reconhecido pelo Prêmio Queijos do Paraná

“Depois de um ano trabalhando na residência, conquistando clientes aos poucos, começamos a trabalhar o queijo de forma mais técnica, com ajuda de um curso do SENAR-PR. Reformamos uma instalação de alvenaria que estava parada para termos um processo mais exigente em termos de cuidados, da questão sanitária e limpeza. Assim, criamos um ambiente propício para mexer somente com o queijo”, relembra Airton.

Assim surgiu a Queijos Carvalho, que foi crescendo aos poucos até que, três anos atrás, justificou um investimento em uma estrutura totalmente nova para a produção de derivados lácteos. Com a estrutura, aumentou também o portfólio de produtos. Hoje, a Queijos Carvalho reúne seis tipos: temperado, defumado, curtido ao vinho, queijo coalho, queijo colonial meia cura e o Primo Parma. Este último (nas versões 120 e 150 dias de maturação), responsável por 10% do volume produzido pela queijaria, ganhou as duas medalhas de bronze no Prêmio Queijos do Paraná.

Novos planos

A conquista da medalha promete dar um novo ânimo para a Queijos Carvalho. Até a participação no prêmio, a queijaria produzia apenas 240 quilos do tipo premiado por mês, sendo que a produção total beira os 2,5 mil quilos. “Ter conquistado esse reconhecimento permitiu perceber a nossa real vocação: trabalhar com queijos curados”, revela o patriarca da família, que planeja apostar na produção de queijos em maturação, com tempo de descanso de 60, 90, 120 e 150 dias.

Precisamos planejar, pois não temos uma grande capacidade de investimento e existe o receio de ficar com queijo parado na prateleira. Mas, com certeza, a partir do concurso, o Primo Parma de 120 dias e o de 150 dias vão ter rótulos próprios. Estamos rodeados por produtores de alto nível que podem fornecer matéria prima para nós no futuro.

Airton Carvalho, produtor de leite e queijos em São Miguel do Iguaçu

Outro plano da queijaria é migrar o rebanho de um mix que envolve vacas holandesas e Jersey para apenas a segunda raça, que tem leite mais apropriado ao Primo Parma. Há também margem para aumentar a produtividade média, hoje em torno de 18 litros por animal/dia; e o plantel, atualmente de 50 vacas em lactação.

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Fonte: Sistema FAEP



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