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Produtividade média da cafeicultura brasileira deverá ser a maior já registrada

Os Cafés do Brasil têm produtividade estimada de 28,41 a 30,54 sacas por hectare para este ano de 2018, desempenho que representa um novo recorde histórico das lavouras de café. Até então a maior produtividade verificada no país havia sido 26,33 sacas por hectare, registrada em 2016. O volume de produção de café esperado para 2018 varia de 54,44 a 58,51 milhões de sacas de 60kg, tendo como ponto médio da estimativa a produção de 56,48 milhões de sacas, sendo 43,15 milhões de sacas de café arábica e 13,33 milhões de sacas de café conilon. A área em produção neste ano se manteve praticamente estável, com aproximadamente 1,9 milhão de hectares.

Esses dados da cafeicultura nacional foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 1° Levantamento da Safra de Café de 2018. No documento, o crescimento da produção é atribuído ao “ciclo de alta bienalidade, sobretudo em lavouras da espécie arábica, às condições climáticas favoráveis e ao implemento de novas tecnologias”.

Esse volume de produção de 56,48 milhões de sacas, caso confirmado, será equivalente a aproximadamente 35,5% da produção e consumo mundiais no ano-safra 2017/18, estimados em 158,78 e 157,59, respectivamente, e divulgados em análise anterior do Observatório do Café. Os dados corroboram o protagonismo do Brasil, maior produtor de café do mundo, e confirmam que de três xícaras de café consumidas no planeta, uma é produzida pelo Brasil.

Projeção realizada pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em dezembro 2017, aponta que até 2030 o consumo mundial deve aumentar por volta de 30% (ponto médio da projeção) e atingir 204,65 milhões de sacas. Assim, para que o Brasil conserve sua fatia de mercado é necessário que a produção nacional aumente por volta de 16,17 milhões de sacas até 2030, atingindo 72,65 milhões de sacas.

Nesse contexto, para que o país mantenha seu protagonismo no setor cafeeiro mundial é necessário adotar estratégias para que nosso café continue competitivo mediante principalmente o aumento da eficiência. Para isso, segundo Gabriel Bartholo, chefe geral da Embrapa Café, “a adoção de boas práticas agrícolas e de gestão pelos cafeicultores têm função imprescindível de promover o aumento de produtividade e redução de custos e, nesse sentido, instituições de pesquisa e assistência técnica do Consórcio Pesquisa Café estão convergindo esforços para disponibilizar novas tecnologias e promover a adoção tecnológica pelo setor”.

Levantamento

A Conab realiza quatro levantamentos da safra de café a cada ano. O primeiro é feito nos meses de novembro e dezembro e divulgado em janeiro, e retrata o período pós-florada do cafeeiro. O segundo, realizado e divulgado no mês de maio, representa o período de pré-colheita. O terceiro, realizado em agosto e divulgado em setembro, compreende o período de plena colheita no país. O quarto levantamento, realizado e divulgado em dezembro, compreende o período de pós-colheita, momento em que são corrigidos e consolidados todos os dados obtidos no campo.

Fonte: Embrapa Café

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Fonte: Sistema FAEP



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