A logística, um dos velhos calcanhares de Aquiles do agronegócio nacional, tem preocupado os produtores paranaenses em temporada de safra cheia. Diante da queda nos negócios envolvendo as commodities, principalmente soja e milho, em função da redução das cotações, o setor produtivo está fazendo malabarismos para lidar com a falta de silos e armazéns para acomodar a produção retirada dos campos.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a capacidade estática dos armazéns cadastrados no Paraná é de 29,6 milhões de toneladas.
Porém, essa estrutura é insuficiente para abrigar as 42 milhões de toneladas de grãos desta safra, sendo 19 de oleaginosa, 18,2 somando milhos verão e safrinha, 3,2 de trigo e 1,5 das outras culturas, projetadas pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). Ou seja, nesta temporada, o Estado tem uma defasagem superior a 12 milhões de toneladas.
Se o setor considerar o estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que aponta como ideal uma capacidade para armazenagem 120% da produção, o déficit paranaense salta para 20,8 milhões de toneladas.
“Nós estamos acostumados com ritmo de vendas maiores. Não cogitávamos essa situação. Se o pessoal não vender poderemos ter problemas. Mas não acredito em desdobramentos mais sérios, pois temos mais um tempo para o início da colheita do milho safrinha”, ressalta, de forma otimista, Marcelo Garrido, economista do Deral.
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Fonte: Sistema FAEP