A colheita da soja está terminando em Mato Grosso do Sul. O estado, que ocupa o 5º lugar entre os maiores produtores do país e responde por 7% da safra nacional, irá colher mais grãos em relação ao ano passado.
Foi uma safra cheia de contratempos. Em algumas regiões faltou chuva no início da semeadura e os agricultores tiveram de fazer o replantio da área nos casos mais graves. Foi o que aconteceu na fazenda do agricultor Luiz Kohl, em Jaraguari, na região central do estado.
- Diminuiu bem a porcentagem da área – afirma ele.
Quando veio, a chuva chegou na quantidade certa e as plantas conseguiram se recuperar.
- Esse atraso no plantio fez com que uma boa parte dos produtores plantasse num período que é mais favorável para a soja – diz Leonardo Carlotto, agrônomo da Famasul.
Apesar de ter sido considerada uma das safras mais atípicas dos últimos anos, a produção de soja surpreendeu os agricultores em Mato Grosso do Sul. Neste ciclo o volume chegou a 6,8 milhões de toneladas, o que representa aumento de 15% em relação à safra passada. O diferencial foi o preço de comercialização, que continuou subindo mesmo durante a colheita.
A cotação da saca de 60 quilos, que chegou a R$ 62,00 no mercado à vista, voltou ao valor médio de R$ 58,00 nessa semana. O administrador da fazenda Frederico Moreno comercializou 30% da produção e vai deixar o restante guardado à espera de preços melhores.
- A gente está acompanhando muito o mercado do dólar para ver a tendência. Se vau continuar de alta, a gente vai continuar segurando a soja, esperando que essa valorização da soja acompanhe essa valorização do dólar – diz.
Em abril, por exemplo, o dólar registrou queda de pouco mais de 4,5%.
Fonte: Globo Rural.