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PRODUÇÃO DE SOJA DEVE CRESCER

A safra brasileira de soja pode alcançar um recorde de 123,2 milhões de toneladas, estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu levantamento de fevereiro. Esse montante representa um incremento de 7,1% ante as 115 milhões de toneladas da temporada passada. Grande produção do Centro-Oeste puxa recorde e ajuda a superar quebra no Rio Grande do Sul, único estado a ter redução na safra.

O relatório atual mostra que a entidade prevê agora 1 milhão de toneladas a mais do que esperava em janeiro (122,2 milhões de toneladas), puxado por um incremento forte no Centro-Oeste. A região deve agora, em fevereiro, colher 56,5 milhões de toneladas, contra as 55,2 milhões de toneladas de janeiro e as 52,6 milhões de toneladas da safra 2018/2019.

“A produção é um recorde na série histórica, sobretudo pelas melhores condições climáticas nesta safra, que apresentou um começo difícil, com a semeadura ocorrendo de maneira desuniforme em diversos estados produtores em virtude do atraso das chuvas”, diz a entidade.

No Sul, a perspectiva de fevereiro é de uma colheita um pouco menor que o esperado em janeiro, chegando a 40,3 milhões de toneladas, ante as 40,7 milhões de toneladas de janeiro e as 37,8 milhões de toneladas da safra passada.

“Na região Sul, as lavouras do Paraná, com exceção das semeadas em setembro, também foram beneficiadas pelas melhores condições climáticas. No Rio Grande do Sul, a recuperação não foi tão boa quanto no Paraná, prevendo-se redução na produtividade em relação ao ótimo desempenho obtido na safra passada”, afirma a Conab.

A previsão de fevereiro para o Norte e o Nordeste é uma produção um pouco maior, chegando a 17,3 milhões de toneladas, contra as 17,1 milhões de toneladas de janeiro e as 16,4 milhões de toneladas de 2019.

“No Matopiba, as condições climáticas não foram boas no início da safra, causando a necessidade de replantio em algumas regiões. Esse quadro melhorou no fim de dezembro, e as chuvas vieram com mais intensidade em janeiro, favorecendo o desenvolvimento da cultura”, informa o levantamento.

Por estado
Mato Grosso deve produzir impressionantes 34,2 milhões de toneladas nesta safra, representando alta de 5,4% ante as 32,4 milhões de toneladas da safra anterior e quase 1 milhão de toneladas a mais que as 33,4 milhões de toneladas, estimadas em janeiro.

“A colheita avança bem em Mato Grosso, com aproximadamente 25% da área já colhida até o final de janeiro”, confirma a entidade.

O Paraná deve mesmo assumir de volta o posto de segundo maior produtor do grão, ultrapassando o Rio Grande do Sul. A perspectiva de fevereiro aponta que os paranaenses podem colher 19,9 milhões de toneladas nesta safra, 22,5% a mais que as 16,2 milhões de toneladas da temporada anterior e, um pouco mais que as 19,7 milhões de toneladas previstas em janeiro.

São Paulo é outro estado que tem previsão de grande crescimento na produção, chegando a 3,6 milhões de toneladas, 21,7% a mais que as 3 milhões de toneladas produzidas na safra 2018/2019.

Mato Grosso do Sul é outro destaque com a perspectiva de colher 17,5% mais soja, nesta safra. Ao todo o estado pode colher 10 milhões de toneladas, contra as 8,5 milhões de toneladas da safra passada.

Destaques negativos
Tirando o Rio Grande do Sul, nenhum outro grande estado produtor deve ter quebra de safra de soja nesta temporada 2019/2020.

O Rio Grande do Sul, devido a falta de chuvas, deve colher 18 milhões de toneladas nesta safra, 5,9% menos que as 19,1 milhões de toneladas da temporada anterior e 600 mil toneladas a menos que a previsão de janeiro (18,6 milhões de toneladas).

Fonte: Canal Rural



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