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PRODUÇÃO DE MILHO JÁ TEM PERDA ESTIMADA DE 20% EM GOIÁS DEVIDO À FALTA DE CHUVAS E DAS ALTAS TEMPERATURAS

Perdas podem ser maiores caso as chuvas não retornem ao estado. Região Sudoeste é a mais afetada pelo clima irregular. Expectativa inicial era de uma safrinha de milho ao redor de 8 milhões de toneladas. Produtores estão preocupados com os negócios feitos anteriormente. Preços continuam altos e saca é cotada a R$ 40,00 no mercado disponível.
A falta de chuva e as altas temperaturas a mais de 25 dias trouxeram danos a produção do milho segunda safra em Goiás. De acordo com levantamento da Faeg (Federação de Agricultura do Estado), as perdas já estão consolidadas em 20% na média do estado, conseqüência do clima adverso.
Segundo ele, boa parte das lavouras estão em fase de florescimento e enchimento de grãos, período no qual a planta necessita de água para alcançar seu potencial produtivo. "Essas são as fases em que a planta tem sua maior necessidade de água, além disso, no florescimento se não tivermos a polinização neste período, não adianta chover depois", explica assessor técnico da Faeg, Cristiano Palavro.
Já as lavouras que ainda estão nas fases iniciais de desenvolvimento possuem um potencial de recuperação maior, caso a chuva retorne nos próximos dias. O levantamento da Faeg aponta que a região mais prejudicada é a sudoeste, que comporta de 70% a 75% da produção de safrinha do estado.
Nos últimos dois anos as chuvas se alongaram nos meses de abril e maio, favorecendo o cultivo da segunda safra do cereal. Baseada nesse padrão, a Federação estimava inicialmente uma produção total de 7,5 a 8 milhões de toneladas.
"Além disso, estamos em um bom momento de mercado que estimulou o crescimento na área plantada, totalizando 1,2 milhões de hectares. Os investimentos também não foram altos e o milho vinha com um bom desenvolvimento no começo da safra, mas agora estamos amargando prejuízos devido a falta de chuvas", destaca Palavro.
O assessor técnico conta ainda que diante desse cenário já existe uma preocupação com abastecimento, tanto interno, quanto externo. Nesta safra cerca de 30% da produção foi comercializada antecipadamente, trazendo uma apreensão quanto ao cumprimento desses contratos, que em sua maioria são de exportação.
Internamente, o setor de granjeiros vem sofrendo com o alto preço do milho reflexo da baixa disponibilidade interna. "Temos negociações no mercado disponível hoje acima de R$ 40,00/sc e R$ 35,00 a saca no futuro", afirma Palavro.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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