A criação de frangos está em alta. Muitos frigoríficos do Paraná estão ampliando a produção e contratando mais funcionários. O estímulo vem do mercado externo.
O reflexo do momento favorável está em toda a cadeia produtiva. Há 16 anos, o produtor Celso Utech cria frangos em Palotina, no oeste do Paraná. No ano passado, ele viu a oportunidade de crescer. O criador fez um financiamento para construir o terceiro aviário e ampliar a produção. Antes, ele mandava 43 mil frangos para o abate a cada dois meses. Hoje, a criação subiu para 75 mil aves.
- E futuramente talvez fazer mais um aviário. Está dando resultado. Então, sempre tem que aumentar. Não pode ficar parado. Sempre tem que progredir – diz Utech.
Progredir é o pensamento de muitos cooperados da C. Vale, cooperativa de Palotina, onde a esteira da produção acelerou. No fim do ano passado, o frigorífico da cooperativa abatia 385 mil frangos por dia. Hoje, são 420 mil. Até o fim do ano, a projeção é de que esse número salte para 450 mil.
Para dar conta da demanda é preciso que os produtores criem mais aves, mas também é necessário mão-de-obra. Neste ano, a cooperativa já contratou 194 pessoas para trabalhar no frigorífico e vai contratar mais 200 até o fim do ano.
De acordo com o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), só no primeiro semestre foram dez mil contratações. Houve aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
A produtividade e a qualidade dos produtos fizeram com que a avicultura ganhasse espaço. Hoje, boa parte do que é produzido vai para fora do país. Em um dos frigoríficos do estado, cem toneladas de frango por dia embarcam nos caminhões com destino à China.
A cooperativa Lar, de Medianeira, do oeste do Paraná, também focou os investimentos no mercado mundial. No ano passado, exportava 40% da produção. Neste ano, já exporta mais da metade das aves que produz.
- Este ano, temos oportunidades de exportação maiores porque alguns produtores maiores, como os Estados Unidos, têm tido dificuldades sanitária, o que tem aberto algumas portas a mais e alguns clientes nossos tem aumentado a sua compra conosco. E isso para o país é importante porque nós estamos de forma tranquila colocando nosso produto de valor agregado no mercado externo e trazendo divisas para o país – diz Urbano Inácio Frei, vice- presidente da cooperativa Lar.
Até o mês de maio o Paraná exportou 550 mil toneladas de frango. São 33% do total saído do Brasil. A Arábia Saudita é o principal mercado comprador do produto.
Fonte: Globo Rural