Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revela que a produção e o consumo de etanol combustível na Argentina devem aumentar para um recorde de 1,15 bilhão de litros em 2018. De acordo com o USDA, a indústria local está se expandindo para cumprir a cota oficial e uma demanda crescente de gasolina.
No entanto, produção de biodiesel em 2018 está prevista em 2,76 bilhões de litros, uma queda em relação aos dois anos anteriores, por causa da expectativa de redução no volume de exportações. Isso porque o governo dos Estados Unidos estabeleceu direitos anti-subsídios e anti-duping sobre o biodiesel proveniente da Argentina.
“O governo dos EUA estabeleceu no final de 2017 direitos anti-subsídios e em abril de 2018 direitos anti-dumping sobre biodiesel provenientes da Argentina. Na prática, isso significa que o biodiesel local não entrará nos Estados Unidos”, destaca o texto.
Ainda conforme o relatório, durante os primeiros sete meses do ano houve grandes volumes de biodiesel da argentina vendido para a União Europeia. Entretanto, ao mesmo tempo em que o governo argentino aumentou os impostos sobre a exportação de biodiesel de 8% para 15%, a partir de julho de 2018, uma denúncia da indústria europeia pode afetar as exportações de combustíveis do país.
“Os embarques para a UE, que foram retomados em setembro de 2017, após serem proibidos desde 2013 devido a direitos antidumping, estão fluindo normalmente por enquanto, mas a indústria deve considera que existe uma forte possibilidade de a UE aprovar novas medidas fiscais que possam afetar novamente as vendas”, conclui o USDA.
Fonte: USDA
