Realizada pelaAssociação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o estado da Bahia, recebeu entre os dias 31 de agosto e 01 de setembro, a Missão Compradores 2016, que com o objetivo promover o algodão brasileiro para o mercado externo, evidenciando suas características de rastreabilidade, qualidade e sustentabilidade. Composta por 11 representantes de empresas asiáticas grandes consumidoras de algodão, a Missão passou pelos três maiores estados produtores de algodão do Brasil: Mato Grosso, Bahia e Goiás.
Na Bahia, os asiáticos visitaram fazendas e algodoeiras que representam a cotonicultura baiana e conheceram o Centro de Análises de Fibras da Abapa, localizado em Luis Eduardo Magalhães.
- O mercado asiático é muito importante para o algodão brasileiro. Essa é uma grande iniciativa que com certeza essa trará grandes resultados para a cultura do algodão no país. Temos um produto de alta qualidade e essa oportunidade de poder mostrar o nosso processo de produção é uma forma de gerar credibilidade ao mercado – disse o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celestino Zanella.
Vindos da Bangladesh, China, Coreia do Sul, Índia, Tailândia e Vietnam, as empresas representam um potencial de compra equivalente a mais de 70% de toda a exportação brasileira de algodão em um ano. Já os países representados por esses compradores estão entre os 10 maiores importadores desta commodity do Brasil, e responderam, em 2015, por quase 50% da exportação nacional da fibra. “As missões de compradores ao Brasil têm se mostrado uma excelente estratégia de aproximação e desenvolvimento de negócios e será especialmente importante nesta safra que tem previsão de superar em 19% o volume de exportação em relação à safra anterior”, afirma o presidente da Abrapa, João Carlos Jacobsen.
Para o gerente de compras, da Mars Textile, de Bangladesh, Rezwan Sadat, o algodão brasileiro tem melhorado muito a qualidade e a tendência é aumentar cada vez mais o consumo.
- Nos últimos dez anos, tínhamos comprado cerca de 2 mil toneladas de algodão brasileiro. Mas, nesse ano, aumentamos o consumo e compramos cerca de 6 mil toneladas. Temos percebido que a fiabilidade e o comprimento melhoraram bastante e o índice de fibras curtas diminuiu, isso quer dizer que houve um avanço na qualidade – disse Rezwan Sadat, que também ressaltou sobre a importância de conhecer a produção pessoalmente. – Essa é a primeira vez que venho ao Brasil e está sendo uma grande oportunidade de ver com meus próprios olhos todo o cuidado que os produtores tem durante o processo de produção – ressaltou.
Missão Compradores na Bahia – Com maior extensão territorial, a Bahia é o segundo maior produtor de algodão do país e o mais importante estado algodoeiro da região nordeste com uma produção de aproximadamente 235 mil toneladas de pluma, exportando cerca de 50% a 60% da produção, nesta safra.
No primeiro dia da missão, na Bahia, os compradores passaram pela Fazenda Busato I e Algodoeira Warpol, do Grupo Busato e participaram de um Jantar de Confraternização, em Luís Eduardo Magalhães. No segundo dia, conheceram a Algodeira Algopar, do Grupo Horita, o Centro de Abastecimento da Ecom, e o Centro de Análise de Fibras da Abapa, que já realizou mais 600 mil amostras das safras 2014/2015 e 2015/2016.
- O algodão baiano tem muito o que mostrar para o mundo. Nós temos qualidade, nós temos sustentabilidade no nosso processo de produção – tanto na área social, quanto na ambiental-, nós temos garantia de fornecimento e um plano de expansão de área, quando em um futuro bem próximo, estaremos plantando cerca de 500 mil hectares de algodão. Daí a grande oportunidade que essa Missão nos proporciona, para mostrar ao mercado e principalmente aos compradores de algodão, como conduzimos a nossa lavoura e o nosso beneficiamento, os cuidados que temos com a qualidade do nosso produto e a garantia daremos continuidade no processo e no fornecimento desse algodão – disse o vice-presidente da Abrapa, Júlio Cesar Busato, ao receber a Missão em sua propriedade.
A Missão Compradores é promovida pela Abrapa em parceria com as tradings ECOM, Louis Dreyfus Commodities, Reinhart e Cargil Cotton.
Fonte: Abrapa