Seja por exigência dos clientes internacionais, por conta da legislação brasileira e/ou simplesmente porque os recursos naturais são fundamentais para o processo, a sustentabilidade está todos os segmentos da cadeia do agronegócio brasileiro. Nesta terça-feira (18), representantes de várias empresas do setor apresentaram cases, durante o Fórum de Sustentabilidade e Governança, em Curitiba, que é possível plantar grãos e criar gado, entre outras atividades, realizando ações de preservação do meio ambiente.
Para o diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Antonio Beltrati, a próxima “onda” no agronegócio é a sustentabilidade das lavouras.
- Para isso, temos algumas iniciativas importantes e que trazem eficiência para a cadeia – destaca.
O executivo menciona, entre outras medidas, a prática agropecuária de baixo carbono, viabilizar pastagens degradadas e adaptação as mudanças climáticas.
- Precisamos aumentar a produção de alimentos em 80% até 2050 para alimentar 9,7 bilhões de pessoas. É um desafio monumental – diz Beltrati.
Neste processo, existe um consenso de que as exigências dos clientes internacionais podem colaborar para tornar o agronegócio ainda mais sustentável.
- Esse público [mercado estrangeiro] orienta a forma de atuação das empresas aqui no Brasil – diz a diretora de sustentabilidade da Amaggi. O setor financeiro é outro agente que ajuda a implantar os processos de sustentabilidade. Quando algo se torna regra, se faz – complementa.
De acordo com Renata Nogueira de Athayde, consultora de sustentabilidade da unidade de Negócios de grãs e processamento de soja da Cargill, é, sim, possível buscar práticas para garantir a manutenção das florestas e o desenvolvimento agrícola.
- Diferente do que muito pregavam, não é a soja o principal vetor de desmatamento no Brasil – garante.
Renata ainda ressaltou o acordo existente entre as trades que operam no país para não se comprar grãos de áreas desmatadas até 2030.
Fonte: Gazeta do Povo