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PROCESSAMENTO DE SOJA

A Coamo, com sede em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, irá construir duas indústrias de processamento de soja no estado do Mato Grosso do Sul. A obra, estimada em R$ 500 milhões, será o maior investimento da história da cooperativa, considerada a maior de produção agrícola da América Latina. A decisão pelo novo projeto foi tomada em junho passado e precisa ser aprovada na assembleia dos associados programada para novembro.

A construção das duas indústrias, uma para óleo bruto e farelo e outra para óleo refinado, faz parte do programa de investimentos da Coamo para os próximos três anos, que também incluir novos entrepostos nos principais estados produtores.

- São 12 entrepostos no Mato Grosso do Sul e vamos construir mais três. Em função do grande volume de soja que operamos no estado, acreditamos na viabilidade das indústrias – ressalta o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini.

O local escolhido para implantação fica entre os municípios de Dourados e Caarapó, na região Centro- Oeste sul-mato-grossense.

- A escolha foi por conta da logística. A área está localizada entre os entrepostos. Isso reduz o frete. Além do mais, facilita o escoamento para o Porto de Paranaguá – diz Gallassini. Só a produção que recebemos nos entrepostos já dá para abastecer as indústrias. Mas se faltar pode-se comprar de outros fornecedores – complementa.

As obras devem começar no início de 2016, com duração de três anos. A previsão é de que as indústrias, somadas, tenham capacidade para processar 3 mil toneladas de oleaginosa por dia. Parte dos R$ 500 milhões será de recursos próprios e o restante de financiamentos.

Novos associados

O anúncio da operação de duas indústrias de processamento de soja pode funcionar como um chamariz para novos produtores entrarem para o quadro de associados da Coamo, projeta Gallassini. Caso isso ocorra, seria mais uma forma de garantir a matéria-prima para operação.

- Estamos há 13 anos no Mato Grosso do Sul com uma aceitação muito grande por parte dos produtores. Além das indústrias e do avanço dos entrepostos, a distribuição de sobras atrai os agricultores – diz o presidente da Coamo.

No primeiro semestre deste ano, a Coamo distribuiu junto aos seus 25,3 mil associados R$ 258 milhões referentes às sobras de 2014, valor 11% maior em relação ao ano anterior (R$ 233 milhões).

Fonte: Gazeta do Povo



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