Considerada a produção de pintos de corte levantada pela APINCO para o mês de abril e supondo-se que no mês de maio tenha sido mantida a mesma média diária do mês anterior (o que, em valores nominais, corresponde a um aumento de cerca de 3%, já que o último mês teve 31 dias).
Ou seja: tudo somado, a tendência é de fechar-se o presente semestre com um volume total (número de cabeças abatidas) cerca de 3,5% maior que o do mesmo semestre do ano passado. De toda forma, é clara a tendência de o volume disponível para abate em junho corrente ficar próximo do registrado em maio passado (junho é mês mais curto), apresentando queda ainda em relação ao que foi registrado no mês de março. Na prática, retrocede-se ao que foi abatido em janeiro deste ano.
Apesar desse retrocesso – já visível fisicamente no mercado, onde a oferta vem recuando nos últimos dias – o aumento da ordem de 3,5% no semestre pode ser considerado exagerado, sobretudo frente ao momento econômico brasileiro.
Realmente. É preciso considerar, no entanto, que nos dois últimos anos ocorreu generalizado encolhimento do volume produzido. Assim, feitas as contas, há indicações de que o volume de carne de frango deste semestre corresponde a uma expansão de, no máximo, 2,5% sobre o que se produziu no primeiro semestre de 2012, há passados três anos. Portanto, esses 2,5% equivalem a incremento médio de 0,85% ao ano desde então, índice visivelmente aquém do crescimento vegetativo da população (as exportações desse período permaneceram relativamente estáveis e, portanto, não interferem no índice apontado).
Notar, de toda forma, que os valores apontados se referem ao número de cabeças disponíveis para abate aos 42 dias de idade. Ou seja: se as aves permaneceram nas granjas por mais tempo, não só o número de cabeças abatidas será maior, como também as variações no peso total produzido podem ser mais significativas que os 3,5% de incremento anual originalmente apontado.
Fonte: Avisite