Pensando nos custos de produção para a safra de 2016, muitos cafeicultores tem se retirado de negociações que não atendam suas expectativas de preço. “Só se encontrou vendedores para lotes de arábica de boa qualidade com ofertas acima de 500 reais por saca”, informou a exportadora Escritório Carvalhaes no último dia 19.
O movimento no mercado interno tem sido ditado pela alta do dólar frente ao real, que na última semana compensou a queda em Nova Iorque, segundo o boletim da exportadora. “Cafés mais fracos em bebida e em tipo recebem ofertas abaixo de 500 reais desanimando o produtor brasileiro”, pontuou o Escritório Carvalhaes, lembrando que mesmo nessas bases o cafeicultor reluta em realizar a venda.
Exportações
As quedas já vistas em embarques do grão verde brasileiro também moldam as perspectivas do mercado cafeeiro. Em janeiro deste ano o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) registrou exportação de 2,7 milhões de sacas, número 13,4% menor em relação a janeiro de 2015. “Mesmo se admitirmos que os embarques brasileiros de café recuem para uma média de 2,8 milhões de sacas por mês no período de entressafra, o Brasil necessitará, desde o início de fevereiro até o final de junho, quando termina o ano safra brasileiro, de aproximadamente 22 milhões de sacas de café (considerando 14 milhões na exportação e 8 milhões para o consumo interno). É difícil de saber se teremos esse volume de café à disposição do mercado”, pontua a exportadora.
Fonte: CaféPoint
Fonte: Canal do Produtor