A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acompanha com grande preocupação a greve de caminhoneiros e defende uma solução imediata para o bloqueio das estradas. A paralisação já causa danos graves e, em alguns setores, irreparáveis à produção agrícola e pecuária do país.
É preciso bom senso e esforços por entendimento para que a busca de soluções não aumente ainda mais os problemas da economia brasileira num momento delicado de recuperação da atividade.
“A reivindicação por preços de combustíveis mais justos e previsíveis é correta, mas as perdas causadas pela greve estão ficando insustentáveis e fora de controle”, diz o presidente da CNA, João Martins. “É preciso bom senso de todas as partes envolvidas para chegarmos a uma solução razoável e exequível”, complementa.
Produtos perecíveis estão sendo perdidos com o bloqueio das estradas. Insumos para alimento de animais não estão chegando aos centros produtores, causando a morte de animais. Plantas inteiras estão sendo paralisadas, com graves consequências socioeconômicas.
As cadeias produtivas de leite, aves e suínos também estão sendo seriamente afetadas. Muitos produtores não estão recebendo os insumos para alimentação animal e as agroindústrias estão impossibilitadas de receber insumos e escoar a produção. Já há relato de empresas que estão suspendendo as atividades nas unidades abatedoras em face da falência de suprimentos e inviabilidade operacional.
O produtor rural, que tanto contribui para o desenvolvimento do país, sofre duplamente nesta crise. Sofre com o alto custo do combustível, que encarece várias etapas da produção. E sofre com a greve que busca reduzir esse custo, que está impactando diretamente os produtores e causando enormes prejuízos. É urgente a redução das elevadas cargas tributárias federal e estadual que impactam a produção brasileira.
Por isso a CNA reitera a necessidade de se buscar entendimento razoável à questão sem que a produção agropecuária seja penalizada dessa forma.
A produção agropecuária não pode parar. O Brasil não pode parar.
Fonte: CNA